|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
POLÍCIA
Mulher acusa lutadores de jiu-jitsu de a terem baleado
Jovens que agrediram travestis no RJ são denunciados de novo
DA SUCURSAL DO RIO
Uma nova denúncia pode agravar a situação dos quatro jovens
presos na madrugada de terça-feira, acusados de agredir e atingir
com balas de borracha um grupo
de travestis na avenida Atlântica,
bairro de Copacabana (zona sul
do Rio).
Uma mulher esteve ontem pela
manhã na delegacia que investiga
o caso e disse ter reconhecido dois
dos rapazes como os que a agrediram, com tiros de balas de borracha, no dia 17 de julho.
Entre os jovens reconhecidos
pela mulher está Roger Gracie, 18,
da família Gracie, introdutora do
jiu-jitsu no Brasil. O outro jovem
reconhecido é Rafael Ramos, 19.
Segundo a mulher, o grupo passou duas vezes pelo ponto de ônibus onde ela estava disparando
balas de borracha e gritando que
iria "limpar as ruas". Ferida, a
mulher disse que passou quatro
dias de cama recuperando-se.
"Reconheci até a voz de um deles. Na época, não denunciei porque não consegui anotar a placa
do carro, embora tenha sido socorrida por policiais", disse a testemunha.
A delegada Monique Vidal, que
coordena as investigações sobre
as ações dos lutadores na noite,
instaurou inquérito para investigar Roger Gracie, Rafael Ramos,
Murilo Carvalho Silva Neto, 22, e
Rafael Corrêa de Lima, 25, por crimes de formação de quadrilha e
lesão corporal leve.
Hoje, o grupo deve depor na 13ª
DP sobre a agressão aos travestis
na avenida Atlântica, ponto de
prostituição da orla carioca.
O advogado dos travestis quer
ampliar as acusações contra os
quatro, acrescentando discriminação e danos morais.
Texto Anterior: Violência: Delegado afirma que aposentado planejava matar dez em Minas Próximo Texto: Panorâmica: Aumentam os pedágios da Rio-Niterói e Dutra Índice
|