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PRESÍDIOS
Governo catarinense pede a órgão do Ministério da Justiça que presos da facção criminosa retornem a São Paulo
SC quer devolver os dois líderes do PCC
DA AGÊNCIA FOLHA
A Secretaria da Justiça de Santa
Catarina encaminhou ontem um
pedido emergencial de devolução
dos dois líderes do PCC (Primeiro
Comando da Capital), que foram
transferidos na última quarta-feira de São Paulo para o Estado, ao
Depen (Departamento Penitenciário Nacional) -órgão ligado
ao Ministério da Justiça.
A medida foi tomada após uma
resolução baixada pelo governador Esperidião Amin (PPB), que
considerou negativa a repercussão causada pela chegada dos detentos ao Estado.
Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, vários setores sociais, além de Legislativo e
Judiciário, se manifestaram contra a medida, que previa a permanência dos líderes na ala de segurança máxima da Penitenciária de
Florianópolis por cerca de 30 dias.
A idéia do governo federal era
fazer um rodízio dos líderes do
PCC entre os presídios do país,
para dissipar o poder do grupo.
Considerados os principais fundadores da facção criminosa, José
Márcio Felício, o Geleião, e César
Augusto Roris da Silva, o Cesinha,
chegaram na manhã da última
quarta-feira a Florianópolis e estavam incomunicáveis.
A dupla estava entre os cinco líderes transferidos em março de
97 para o Paraná e que retornaram a São Paulo um mês e meio
atrás. Os dois negociaram transferências, com outros 11 membros
do PCC, em junho, em troca do
fim da maior rebelião naquele Estado, que durou 143 horas.
Para evitar transtornos, o secretário-adjunto da Justiça de Santa
Catarina, Wilton Henrique Trennepohl, está cuidando diretamente da saída dos líderes do Estado.
A operação que os levou para
Santa Catarina incluiu a tropa de
choque da Polícia Militar. Geleião
e Cesinha tiveram de viajar em
comboio para Florianópolis, com
policiais paulistas.
Ao chegarem, por volta das 10h
de quarta-feira, no aeroporto internacional Hercílio Luz, foram
cercados por um forte aparato da
PM catarinense, seguindo para o
centro de triagem do presídio.
Segundo o tenente Renato Aurélio Sansão, diretor da penitenciária, Cesinha estava recebendo
medicamentos específicos em razão de ser portador do vírus HIV.
Nenhum integrante do Depen
foi localizado ontem pela Folha
para comentar o assunto.
(ADRIANA CHAVES)
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