São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2005

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ESTRANHOS NO PARAÍSO

Grupo foi detido ao tentar cruzar ilegalmente a fronteira; 2 aviões fizeram o transporte

320 brasileiros que foram deportados dos EUA chegam ao país

DA FOLHA ONLINE

Um grupo de 320 brasileiros que foram detidos ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos desembarcou na manhã de ontem no aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). É a primeira vez neste ano que brasileiros deportados chegam de volta ao país em vôos fretados.
Segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), dois aviões saíram anteontem do aeroporto de San Antonio, no Texas. Um avião pousou por volta das 8h10 de ontem, e o outro, dez minutos depois. Os passageiros foram ouvidos pela PF (Polícia Federal) e liberados em seguida. Um homem, que era foragido da Justiça, foi preso por roubo.

202 mineiros
O governo de Minas Gerais informou que o grupo é formado por 254 homens e 66 mulheres, dentre os quais 202 são mineiros, motivo pelo qual o desembarque ocorreu no Estado. Os outros passageiros, que são da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Pernambuco e Rio de Janeiro, iriam seguir para seus respectivos Estados de origem.
No ano passado, quatro vôos fretados trouxeram brasileiros deportados dos Estados Unidos, de acordo com o senador Marcelo Crivella (PL-RJ).
O senador Crivella é presidente da subcomissão de apoio a cidadãos brasileiros no exterior e presidente de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura emigração ilegal do Brasil. Ele viajou para o Texas no fim de semana passado para acompanhar os deportados na viagem de volta, paga pelo governo dos Estados Unidos.

Kit de recepção
A Subsecretaria de Direitos Humanos preparou um esquema de recepção que conta com alimentação, kit de higiene pessoal, roupas, assistência jurídica e médica para receber os deportados. Quem precisar, terá transporte até sua cidade ou alojamento.
De acordo com o governo americano, os brasileiros são o grupo que mais tem crescido em número de detenções na fronteira com o México.


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