São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Chuva fraca encerra 47 dias de estiagem em São Paulo

Queda de temperatura acompanhou a precipitação, que atingiu quase todo o Estado

Julho terminou sem registro de chuvas, fazendo com que o mês se tornasse o mais seco desde 1943, ano em que o Inmet iniciou medição

DA FOLHA ONLINE DA REPORTAGEM LOCAL

A chuva fraca que atingiu a cidade de São Paulo na noite de anteontem encerrou uma estiagem de 47 dias, que vinha se prolongando desde 16 de junho.
Com isso, os 31 dias de julho terminaram sem registros de chuvas, fazendo com que o mês se tornasse o mais seco desde 1943, ano em que o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) começou a fazer medições.
A precipitação, que ontem atingiu não só na cidade mas também a maior parte do Estado, principalmente no sul e no sudeste, deve prosseguir nesta semana, segundo o Inmet.
A chuva melhorou a qualidade do ar e elevou a umidade relativa a 82%, em aferição feita às 11h de ontem pelo Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) -veja o quadro ao lado. Nas últimas semanas, os índices de umidade oscilaram abaixo dos 30%, que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), caracterizam estado de atenção.
A chuva veio acompanhada por uma queda de temperatura que fez com que a mínima registrada na capital paulista caísse de 16,3C, no sábado, para 14,1C, ontem, segundo dados do Inmet.
Hoje, a expectativa é que a temperatura oscile entre 11C e 21C e que o céu permaneça parcialmente nublado durante todo o dia.

Desde junho
O volume de 14,3 milímetros de chuva (cada milímetro equivale a 1 litro de água por 1 metro quadrado) registrado entre as 9h de anteontem e as 15h de ontem é o mais significativo desde 16 de junho, quando a cidade foi atingida por 11,6 milímetros de chuva durante o período da medição, última precipitação significativa até ontem.
De 16 de junho até ontem, ocorreram condensações do vapor da água, conhecidas como orvalhos, ou chuviscos que não chegaram nem a interferir nos índices medidos e refrescar o tempo seco que predominava.
Os principais efeitos da baixa umidade são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios.
Ao menos nos próximos dias a situação será diferente, e novas chuvas devem atingir São Paulo e elevar a umidade relativa do ar, segundo previsão do meteorologista Marcelo Schneider, do Inmet. Ele afirma que a tendência é de continuidade da chuva, devido à presença de novas frentes frias que devem atingir São Paulo até a próxima sexta-feira.
"A criação de novas áreas de instabilidade, sobretudo no centro-sul do Estado, manterá a umidade relativa do ar acima do patamar de 80%", afirma.
Segundo o Inmet, a previsão para hoje é que as chuvas fracas e isoladas ocorram no interior e na zona leste da cidade de São Paulo. Somente na terça-feira, a chuva atingirá a cidade inteira, permanecendo até sexta, com intervalos constantes, segundo o meteorologista.


Texto Anterior: Há 50 anos
Próximo Texto: Patrocínio paulista: Cortejo de 2 km marca adeus a menina anencéfala
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.