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Chuva fraca encerra 47 dias de estiagem em São Paulo
Queda de temperatura acompanhou a precipitação, que atingiu quase todo o Estado
Julho terminou sem registro de chuvas, fazendo com que o mês se tornasse o mais seco desde 1943, ano em que o Inmet iniciou medição
DA FOLHA ONLINE
DA REPORTAGEM LOCAL
A chuva fraca que atingiu a
cidade de São Paulo na noite de
anteontem encerrou uma estiagem de 47 dias, que vinha se
prolongando desde 16 de junho.
Com isso, os 31 dias de julho
terminaram sem registros de
chuvas, fazendo com que o mês
se tornasse o mais seco desde
1943, ano em que o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) começou a fazer medições.
A precipitação, que ontem
atingiu não só na cidade mas
também a maior parte do Estado, principalmente no sul e no
sudeste, deve prosseguir nesta
semana, segundo o Inmet.
A chuva melhorou a qualidade do ar e elevou a umidade relativa a 82%, em aferição feita
às 11h de ontem pelo Cptec
(Centro de Previsão de Tempo
e Estudos Climáticos), do Inpe
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) -veja o quadro
ao lado. Nas últimas semanas,
os índices de umidade oscilaram abaixo dos 30%, que, segundo a OMS (Organização
Mundial da Saúde), caracterizam estado de atenção.
A chuva veio acompanhada
por uma queda de temperatura
que fez com que a mínima registrada na capital paulista
caísse de 16,3C, no sábado, para 14,1C, ontem, segundo dados do Inmet.
Hoje, a expectativa é que a
temperatura oscile entre 11C e
21C e que o céu permaneça
parcialmente nublado durante
todo o dia.
Desde junho
O volume de 14,3 milímetros
de chuva (cada milímetro equivale a 1 litro de água por 1 metro
quadrado) registrado entre as
9h de anteontem e as 15h de ontem é o mais significativo desde
16 de junho, quando a cidade foi
atingida por 11,6 milímetros de
chuva durante o período da
medição, última precipitação
significativa até ontem.
De 16 de junho até ontem,
ocorreram condensações do
vapor da água, conhecidas como orvalhos, ou chuviscos que
não chegaram nem a interferir
nos índices medidos e refrescar
o tempo seco que predominava.
Os principais efeitos da baixa
umidade são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios.
Ao menos nos próximos dias
a situação será diferente, e novas chuvas devem atingir São
Paulo e elevar a umidade relativa do ar, segundo previsão do
meteorologista Marcelo
Schneider, do Inmet. Ele afirma que a tendência é de continuidade da chuva, devido à presença de novas frentes frias que
devem atingir São Paulo até a
próxima sexta-feira.
"A criação de novas áreas de
instabilidade, sobretudo no
centro-sul do Estado, manterá
a umidade relativa do ar acima
do patamar de 80%", afirma.
Segundo o Inmet, a previsão
para hoje é que as chuvas fracas
e isoladas ocorram no interior e
na zona leste da cidade de São
Paulo. Somente na terça-feira,
a chuva atingirá a cidade inteira, permanecendo até sexta,
com intervalos constantes, segundo o meteorologista.
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