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"Foi montagem", diz Souza
da Sucursal do Rio
Paulo Roberto de Souza disse
no depoimento policial que o menor R.M.S. tinha se despido em
seu gabinete para mostrar uma
alergia. Ele não especificou em
que parte do corpo.
O ex-diretor afirmou que, ao
contrário do que os policiais militares relataram, não estava com a
calça abaixada. Disse também
que nunca teve relações sexuais
com menores.
À noite, após examinar Souza e
o menor, o Instituto Médico Legal
concluiu que não havia vestígios
de que qualquer um dos dois tivesse feito sexo anal nas últimas
24 horas.
O ex-diretor do Instituto Padre
Severino contou na delegacia que
costumava trabalhar todos os dias
até as 24h. Ele disse que recebia os
internos no gabinete, em horários
tardios, em obediência a "políticas administrativas".
A Folha tentou ouvir o acusado
na prisão Ponto Zero, mas não foi
autorizada. Seu advogado, Celso
Graciano Barbosa, foi procurado
três vezes em sua casa, mas não
respondeu aos recados deixados.
Souza é agente educacional
concursado da Secretaria Estadual da Justiça desde 1994. Assumiu a direção do Padre Severino
em maio do ano passado. Desde
que ingressou no serviço público,
ele trabalha no instituto.
Solteiro, Souza mora com os
pais em um subúrbio do Rio. Em
conversa com o diretor do Degase
(órgão da secretaria), Sérgio Novo, ele teria dito que estava sendo
vítima de "uma montagem".
(ST)
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