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ONDA DE CALOR
Qualidade do ar ficou abaixo do aceitável em 13 das 23 estações de medição da Cetesb na Grande SP
Grande SP tem dia mais poluído do ano
JOÃO CARLOS SILVA
da Reportagem Local
A Grande São Paulo teve ontem o
dia mais poluído do ano. A qualidade do ar ficou abaixo dos padrões aceitáveis para a saúde dos
moradores em 13 das 23 estações
de medição da Cetesb (agência
ambiental paulistana).
Seis bairros em São Paulo e cidades na Grande SP estão em estado de atenção, devido à alta
concentração de ozônio no ar. A
situação foi registrada em Santana, Mooca, São Caetano, Diadema, São Miguel Paulista e Mauá.
Anteontem, apenas Cubatão, na
Baixa Santista, vivia essa situação.
Ontem, a qualidade do ar na cidade melhorou e passou para a categoria "inadequada".
Outras sete estações da Cetesb
também registraram qualidade
de ar inadequada: parque Dom
Pedro, Cerqueira César, Pinheiros, Santo André (centro), Guarulhos, São Bernardo do Campo e
Taboão da Serra.
Em nenhuma das 25 estações da
Cetesb (23 na Grande SP e duas
em Cubatão), a qualidade do ar
foi considerada boa. Em oito, a
classificação foi de regular.
Por problemas técnicos, não
houve medição em dois locais: no
centro de São Paulo e no bairro de
Santo Amaro.
Tudo ruim
A razão para quedas consecutivas na qualidade do ar é resultado
de um conjunto de condições climáticas, segundo o gerente de
qualidade do ar da Cetesb, Cláudio Alonso.
Um deles é a baixa umidade relativa do ar. Na Grande SP, a umidade ficou ontem entre 10,7% e
14,7%. Essas taxas são similares às
registradas no deserto (até 15%).
A concentração de ozônio no ar
é resultado da baixa ventilação e
do dia ensolarado, fatores que favorecem a formação do gás.
Além desses fatores, o dia poluído piorou com a inversão térmica
-camada de ar que atua como
uma tampa sobre a cidade e dificulta a dispersão dos poluentes.
Ontem, a inversão ficou ao nível
do solo, quando o ideal é estar acima dos 200 metros.
"Quando isso ocorre há uma dificuldade de dispersão dos gases e
os poluentes ficam na nossa zona
de respiração", disse o gerente de
qualidade da Cetesb.
A onda de dias poluídos, secos e
com baixas umidades do ar poderá se repetir hoje.
De acordo com a Cetesb, as previsões meteorológicas são desfavoráveis à dispersão de poluentes.
Para melhorar, a qualidade do
ar dependem de uma frente fria.
Isso eliminaria a falta de ventilação e a situação favorável à formação do ozônio.
A melhora também viria após
uma chuva, devido ao aumento
da umidade do ar. Mas não há
previsão de chuva ou chegada de
uma frente fria à Grande São Paulo hoje, segundo a Cetesb.
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