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Número de focos de calor diminui
da Sucursal de Brasília
da Reportagem Local
O mais recente relatório do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis), do último dia 2, detectou 1.774 focos de calor, 37% a
menos do que no dia anterior
(2.429).
Os Estados do Mato Grosso, Pará e Tocantins diminuíram os
seus números de um dia para o
outro. Na quarta-feira, eles tiveram respectivamente 566, 395 e
266 casos detectados e 399, 240 e
157 no dia seguinte.
Mas Rondônia aumentou os
seus focos de calor de 70 para 275,
de quarta para quinta-feira.
Ontem foram detectados pelos
satélites do Ibama novos focos de
calor em três áreas de reservas
naturais: Serra do Divisor (AC),
Parque Natural de Pacaás-Novos
(RO) e Chapada Diamantina
(BA).
De acordo com o Ibama, as
áreas da Serra dos Órgãos (RJ),
Serra de Itatiaia (RJ), Serra da Bodoquena (MT) e Parque Nacional
do Araguaia (TO) estão com o fogo sob controle.
O Parque Nacional de Ilha
Grande (PR), que teve 50% de sua
área de 89 mil hectares queimada
e apresentava o quadro mais grave, conseguiu contornar o fogo
ontem à tarde, também de acordo com o Ibama.
A presidente do Ibama Marília
Marreco Cerqueira afirmou que
o fogo em Ilha Grande foi proposital e que a Polícia Federal foi
acionada para investigar o caso.
São Paulo
No Estado de São Paulo o número de focos de incêndio também diminuiu, de quarta para
quinta. Mas essa redução não significa que a situação das queimadas esteja controlada.
Na última quarta-feira, o Inpe
(Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais) registrou 67 focos. Na
quinta à noite foram 45. "Essa redução não diz nada sobre a qualidade da situação", disse o meteorologista Prakky Satyamurty, do
Inpe.
Segundo Satyamurty a redução
pode ter ocorrido por "falta de
combustível" (áreas para queimar).
Segundo o meteorologista, não
há previsão de chuvas para os
próximos cinco dias.
O ex-presidente do Ibama
Eduardo Martins disse que o problema dos incêndios no Brasil
provocados por produtores rurais continuarão enquanto o país
não oferecer oportunidade de
"modernização da agricultura".
"É preciso mudar o perfil tecnológico da agricultura", afirmou
Martins.
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