São Paulo, Sábado, 04 de Setembro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Número de focos de calor diminui

da Sucursal de Brasília

da Reportagem Local

O mais recente relatório do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), do último dia 2, detectou 1.774 focos de calor, 37% a menos do que no dia anterior (2.429).
Os Estados do Mato Grosso, Pará e Tocantins diminuíram os seus números de um dia para o outro. Na quarta-feira, eles tiveram respectivamente 566, 395 e 266 casos detectados e 399, 240 e 157 no dia seguinte.
Mas Rondônia aumentou os seus focos de calor de 70 para 275, de quarta para quinta-feira.
Ontem foram detectados pelos satélites do Ibama novos focos de calor em três áreas de reservas naturais: Serra do Divisor (AC), Parque Natural de Pacaás-Novos (RO) e Chapada Diamantina (BA).
De acordo com o Ibama, as áreas da Serra dos Órgãos (RJ), Serra de Itatiaia (RJ), Serra da Bodoquena (MT) e Parque Nacional do Araguaia (TO) estão com o fogo sob controle.
O Parque Nacional de Ilha Grande (PR), que teve 50% de sua área de 89 mil hectares queimada e apresentava o quadro mais grave, conseguiu contornar o fogo ontem à tarde, também de acordo com o Ibama.
A presidente do Ibama Marília Marreco Cerqueira afirmou que o fogo em Ilha Grande foi proposital e que a Polícia Federal foi acionada para investigar o caso.

São Paulo
No Estado de São Paulo o número de focos de incêndio também diminuiu, de quarta para quinta. Mas essa redução não significa que a situação das queimadas esteja controlada.
Na última quarta-feira, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou 67 focos. Na quinta à noite foram 45. "Essa redução não diz nada sobre a qualidade da situação", disse o meteorologista Prakky Satyamurty, do Inpe.
Segundo Satyamurty a redução pode ter ocorrido por "falta de combustível" (áreas para queimar).
Segundo o meteorologista, não há previsão de chuvas para os próximos cinco dias.
O ex-presidente do Ibama Eduardo Martins disse que o problema dos incêndios no Brasil provocados por produtores rurais continuarão enquanto o país não oferecer oportunidade de "modernização da agricultura".
"É preciso mudar o perfil tecnológico da agricultura", afirmou Martins.



Texto Anterior: Gás se forma em dias de sol
Próximo Texto: MT pede ajuda contra fogo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.