São Paulo, Sábado, 04 de Setembro de 1999
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EDUCAÇÃO
Estados terão de atender a 3 pré-requisitos a fim de obter dinheiro para a reforma do ensino médio
Financiamento do BID depende de projeto

MARTA AVANCINI
da Reportagem Local

Os Estados que quiserem se habilitar ao financiamento internacional que o governo federal está negociando com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para a reforma do ensino médio terão de atender a três pré-requisitos: dar uma contrapartida do valor financiado, manter um programa de correção de fluxo no ensino fundamental (ex-1º grau) e apresentar um projeto de reorganização da rede de escolas.
Essas são algumas condições acertadas para que o BID libere o financiamento de US$ 1 bilhão a ser usado na implantação do projeto "Escola Jovem", como será chamada a reforma.
O dinheiro do BID é considerado fundamental para que os Estados acelerem a implantação da reforma, iniciada neste ano. O projeto prevê a criação de uma infra-estrutura diferenciada nas escolas de ensino médio (antigo 2º grau) -laboratórios, salas-ambiente e bibliotecas- adaptada ao projeto pedagógico delas.
A expectativa do secretário de Ensino Médio e Tecnológico do MEC, Ruy Berger, é a de que o dinheiro comece a ser liberado no final deste ano e que ele chegue às escolas num prazo de três a quatro meses após a liberação.
Os programas de correção de fluxo no ensino fundamental visam corrigir a distorção entre idade e série -ou seja, fazer com que os estudantes comecem e terminem os estudos na idade correta. No Brasil, 16,7 milhões de alunos repetiram uma vez alguma série do ensino fundamental. Em 98, 1,1 milhão de alunos frequentou classes de aceleração.
Já a reorganização das redes visa garantir que os Estados definam uma estrutura de funcionamento dos diferentes níveis da educação básica (infantil, fundamental e média) e façam propostas de como serão as escolas. "É preciso ter um plano de investimentos pronto para conseguir o financiamento", diz Berger.
Dos 27 Estados 5 já têm seu plano de investimento pronto -São Paulo, Ceará, Goiás, Pernambuco e Espírito Santo, diz o secretário.


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