|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EDUCAÇÃO
Estados terão de atender a 3 pré-requisitos a fim de obter dinheiro para a reforma do ensino médio
Financiamento do BID depende de projeto
MARTA AVANCINI
da Reportagem Local
Os Estados que quiserem se habilitar ao financiamento internacional que o governo federal está
negociando com o BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento) para a reforma do ensino
médio terão de atender a três pré-requisitos: dar uma contrapartida
do valor financiado, manter um
programa de correção de fluxo no
ensino fundamental (ex-1º grau) e
apresentar um projeto de reorganização da rede de escolas.
Essas são algumas condições
acertadas para que o BID libere o
financiamento de US$ 1 bilhão a
ser usado na implantação do projeto "Escola Jovem", como será
chamada a reforma.
O dinheiro do BID é considerado fundamental para que os Estados acelerem a implantação da reforma, iniciada neste ano. O projeto prevê a criação de uma infra-estrutura diferenciada nas escolas
de ensino médio (antigo 2º grau)
-laboratórios, salas-ambiente e
bibliotecas- adaptada ao projeto
pedagógico delas.
A expectativa do secretário de
Ensino Médio e Tecnológico do
MEC, Ruy Berger, é a de que o dinheiro comece a ser liberado no
final deste ano e que ele chegue às
escolas num prazo de três a quatro meses após a liberação.
Os programas de correção de
fluxo no ensino fundamental visam corrigir a distorção entre idade e série -ou seja, fazer com que
os estudantes comecem e terminem os estudos na idade correta.
No Brasil, 16,7 milhões de alunos
repetiram uma vez alguma série
do ensino fundamental. Em 98,
1,1 milhão de alunos frequentou
classes de aceleração.
Já a reorganização das redes visa garantir que os Estados definam uma estrutura de funcionamento dos diferentes níveis da
educação básica (infantil, fundamental e média) e façam propostas de como serão as escolas. "É
preciso ter um plano de investimentos pronto para conseguir o
financiamento", diz Berger.
Dos 27 Estados 5 já têm seu plano de investimento pronto -São
Paulo, Ceará, Goiás, Pernambuco
e Espírito Santo, diz o secretário.
Texto Anterior: MT pede ajuda contra fogo Próximo Texto: Ministro lança campanha Índice
|