São Paulo, sexta-feira, 04 de outubro de 2002

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MONGAGUÁ

PM investiga sumiço de dois rapazes após serem abordados por soldados
Um IPM (inquérito policial militar) instaurado nesta semana apura a eventual responsabilidade de um cabo e de um soldado pelo desaparecimento de dois rapazes na noite da última sexta-feira em Mongaguá (litoral sul, a 86 km de São Paulo).
Depois de colocados dentro de um veículo da PM, Celso Gioielli Magalhães Júnior, 20, e A.C, 17, não foram mais vistos.
As famílias dos dois rapazes registraram boletins de ocorrência por desaparecimento.
Ontem, um helicóptero e grupos de busca da Polícia Militar vasculhavam a região. A Corregedoria da PM acompanha o desdobramento do caso.
O episódio repercutiu na corporação porque pode ter semelhança com o caso de fevereiro de 1999, quando uma guarnição integrada por um tenente e três soldados levou três adolescentes abordados em São Vicente.
Com marcas de tiros na cabeça, os corpos foram achados 17 dias depois em uma área de mangue, em Praia Grande.
O comandante da PM na Baixada Santista, coronel Marco Antonio Moysés, afirmou que ainda não é possível traçar um paralelo entre os dois episódios.
No caso de Mongaguá, os dois PMs, cujos nomes não foram revelados, dizem não ter responsabilidade pelo desaparecimento dos rapazes, segundo informou o tenente-coronel Paulo Roberto Farah, comandante do 29º Batalhão.
Segundo Farah, eles disseram que Carmo e Magalhães Júnior tinham passagens anteriores pela polícia e por isso decidiram levá-los a uma delegacia para averiguar se eram alvo de investigação ou de mandado de busca.
Por não haver acusação, de acordo com os policiais, os dois foram liberados. Segundo o comandante, testemunhas disseram que ambos teriam sido espancados pelos PMs. (FAUSTO SIQUEIRA, DA AGÊNCIA FOLHA)

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