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PERIGO NA PISTA
Limite na área exclusiva para ônibus cai para evitar atropelamentos e acidentes, mas será mantido nas demais faixas
SP reduz velocidade no corredor Ibirapuera
DO "AGORA"
Devido ao aumento de acidentes no corredor de ônibus Capelinha/Ibirapuera/Santa Cruz (zona
sul), a Prefeitura de São Paulo reduziu, desde ontem, a velocidade
máxima permitida para ônibus e
táxis que trafegam na faixa exclusiva. O limite caiu de 60 km/h para
50 km/h, uma redução de 17%.
Serão implantados também dois
radares, que flagrarão e multarão
carros que invadirem a faixa. A
velocidade nas demais faixas da
Ibirapuera continuará 60 km/h.
Por enquanto, a redução da velocidade valerá no corredor Ibirapuera. Até o fim do ano, outros
quatro corredores terão a velocidade de tráfego reduzida: Campo
Limpo/Rebouças/Consolação,
Santo Amaro/Nove de Julho/Centro e Pirituba/Lapa/Centro.
Ontem foi lançada uma campanha educativa para diminuir os
acidentes no corredor, que, desde
sua criação, vitimou 48 pessoas,
sendo oito delas fatais.
Até 4 de novembro, a CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) e a SPTrans (empresa
que gerencia o transporte público
na capital) manterão 80 fiscais para supervisionar invasões de faixa
e orientar pedestres a não atravessarem fora dos locais permitidos.
A prefeitura nega que os ônibus
do corredor terão os horários de
partida e de chegada alterados.
Segundo Adauto Martinez Filho,
diretor de operações da CET, apesar da queda na velocidade, a chamada circulação operacional (cálculo médio de velocidade contando as paradas) não será inferior
aos 25 km/h até então registrados.
De acordo com dados divulgados ontem, 46% dos acidentes são
causados por veículos que invadem as faixas (31% são motos e
15%, carros). A maioria dos acidentes, porém, é de responsabilidade dos próprios motoristas de
ônibus: 54%. Por isso, esses condutores farão cursos para obedecer à nova norma de velocidade.
A invasão por pedestres já é conhecida pela prefeitura. Em documento formal, a Abraspe (Associação Brasileira de Pedestres)
alertou a prefeitura a respeito da
necessidade de adotar medidas
para evitar essas ocorrências.
A lógica é que, antes das paradas
exclusivas à esquerda, o pedestre
não precisava atravessar a rua para pegar o ônibus, pois o ponto ficava na calçada, à direita da pista.
Em 28 de agosto, a reportagem
mostrou que, além de carros, motos e caminhões, até bicicletas invadiam as faixas exclusivas para
ônibus. Dos 934 veículos que foram flagrados pela reportagem
invadindo sete corredores exclusivos em 24 pontos diferentes, 86
deles entraram na área reservada
de 4,5 km de extensão do corredor Ibirapuera.
(CLAYTON FREITAS)
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