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Secretaria atual põe a culpa na gestão passada
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem citar nomes, a Secretaria de Transportes joga a
culpa no governo de Marta
Suplicy (PT) pelo uso de garantias bancárias falsas em
um contrato de R$ 12,3 bilhões com 19 empresas de
ônibus. O atual secretário,
Frederico Bussinger, foi nomeado pelo então prefeito
José Serra (PSDB).
O secretário de Transportes de Marta, Jilmar Tatto,
reafirmou que a acusação faz
parte da "disputa política".
Em nota, a secretaria afirma: "O assunto não tem
qualquer relação com este
governo". Diz que foi a gestão
anterior que assinou o contrato, em 21 de julho de 2003.
Três dias depois foram apresentadas as garantias falsas,
segundo a nota. No final de
2004, diante da informação
de que as garantias eram falsas, os vencedores de três
áreas citadas no edital (1, 5 e
8) apresentaram garantias
do Bradesco, da Sulina Seguradora e do Banco Real.
Em um processo concluído em 1º de julho do ano passado, de acordo com a nota, a
secretaria, já na gestão de
Serra, trocou todas as garantias falsas.
Reportagem da Folha de
dezembro de 2005 mostrou
que a gestão do PSDB não
puniu empresas por apresentarem cartas de fiança
falsas. Revelou, também, que
metade dos consórcios vitoriosos na maior concorrência da prefeitura tinham garantias irregulares.
Sindicância da própria secretaria concluiu que os contratos de R$ 12,3 bilhões ficaram descobertos durante
17 meses na gestão de Marta
e por 7 meses na de Serra.
Tatto reafirmou a nota
que divulgou anteontem, segundo a qual a licitação e o
uso das cartas de fiança seguiram a ordem jurídica.
Duas notas emitidas ontem pela secretaria citam
que Carlos Alberto Tavares
Carmona foi considerado
inocente por duas comissões
de sindicância e que inquérito policial confirmou as conclusões das sindicâncias.
Carmona não ocupa cargos de chefia e não tem atribuições relacionadas aos
contratos com empresas de
ônibus, segundo a nota. Ele
exerce, diz o texto, função
técnica: cuida da implantação do corredor Tiradentes.
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