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Estudantes
querem maior especialização
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Alunas do curso noturno de pedagogia de uma
faculdade privada de Manaus (AM) dizem que conseguir emprego em escola
particular é mais atrativo
do que na rede pública.
Filha de uma enfermeira e de um motorista aposentado, Alessandra Moreno dos Santos, 34, se formou em técnica em contabilidade por pressão da família e só entrou em pedagogia após o casamento.
"Para o meu pai, o professor é marginalizado. Eu
tive que fazer o que ele
mandava. Foi uma frustração porque acredito que só
através da educação a gente consegue transformar
um país", disse.
Aluna do 8º período da
Faculdade Martha Falcão,
neste ano Alessandra se
forma como professora.
Mas não tem planos de
prestar concurso público.
Ela quer seguir a carreira
de consultora educacional. "Quero desenvolver
projetos na área pedagógica. Percebo que os profissionais [na área pública]
estão saturados, não se
sentem valorizados."
Marcilene da Silva Chaves, 31. também diz estar
seguindo sua vocação. Órfã de pais, ela sempre estudou em escola pública.
Formou-se no magistério
e trabalhou com o ensino
infantil. Hoje cursa o 4º
período da Martha Falcão.
"Em 2011 eu me formo.
É preciso ir além, se especializar e não parar mais."
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