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IML pode
enterrar
dois como
desconhecidos
da Reportagem Local
Dois menores mortos pelos
próprios colegas na rebelião do
último dia 25 na Febem Imigrantes ainda não foram identificados e podem ser enterrados como desconhecidos no
cemitério de Perus (zona noroeste de São Paulo).
Os corpos estão no IML (Instituto Médico Legal), que mantém cadáveres que não são reclamados apenas por três dias.
No caso dos dois menores, já se
passaram 11 dias.
A decisão de enterrá-los será
tomada se faltar vagas para
desconhecidos, segundo a diretoria clínica do instituto.
A unidade onde os corpos estão tem 30 vagas para estes casos. O IML não informou
quantos desconhecidos havia
no lugar ontem.
"Isso é absurdo, vou acionar
o Ministério Público. Duas
mães vão ficar na incerteza sobre o paradeiro de seus filhos",
disse ontem o padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Menor.
A Folha procurou ontem à
tarde a assessoria do governador Mário Covas para falar sobre o assunto, mas não recebeu
uma resposta até as 19h30.
No caso dos menores, um
dos corpos está irreconhecível.
Um exame terá que ser feito
para identificar o DNA do adolescente e compará-lo com o de
uma pessoa da família.
Como a família não foi identificada, não há como o exame
ser feito. Outra alternativa é
identificar os corpos por meio
de radiografias da arcada dentária. Até ontem, o IML não tinha recebido radiografias para
fazer a comparação.
O outro corpo pode ser identificado por meio de digitais de
uma das mãos, mas isso depende de um levantamento que está sendo feito pela polícia, a
partir de dois nomes fornecidos pela Febem Imigrantes.
No caso desse menor, é possível também haver um reconhecimento visual, mas nenhuma
família havia procurado o IML
até ontem, pois a Febem não
divulgou os nomes de menores
que estão em uma lista concluída na semana passada.
Na relação, constam os nomes dos dois menores infratores mortos e de outros 85 que
podem ter fugido da unidade
durante a rebelião, segundo a
Folha apurou.
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