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SP estuda isenção para "Taxa 190"
ALESSANDRO SILVA
da Reportagem Local
O governo de São Paulo estuda
isentar do pagamento da ""Taxa
190" aqueles que gastam pouco
com a conta telefônica.
O secretário da Segurança, Marco Vinicio Petrelluzzi, pediu à Telefônica um relatório sobre as faixas de valores pagos no Estado.
""Vamos ver se é possível isentar
quem gasta menos", disse.
A idéia, que depende de aprovação da Assembléia, é descontar
R$ 2,50 mensais dos donos de telefones para custeio da polícia.
Os recursos seriam empregados
na compra de aparelhos de comunicação, obrigatoriamente, segundo o projeto, como computadores de bordo para os carros e
um novo sistema de radiocomunicadores para as duas polícias.
A existência do estudo foi revelada ontem, durante o 1º Fórum
Internacional de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (leia
texto abaixo), onde o secretário
foi mais questionado sobre a taxa
do que o tema do encontro.
Segundo o governador Mário
Covas (PSDB), o projeto de lei
que cria a cobrança será enviado à
Assembléia após a realização de
uma pesquisa de opinião pública.
O levantamento, que será feito
pela Secretaria da Comunicação,
estava previsto para começar a
partir de hoje, quando termina a
campanha publicitária do governo sobre a taxa. ""É uma questão
de escolha e estamos abertos à
discussão", disse.
O governo tem pressa para enviar o projeto porque ele precisa
ser votado até o dia 31 de dezembro para, caso seja aprovado, entrar em vigor no ano que vem.
Covas e Petrelluzzi defenderam
a legalidade da taxa no evento, dizendo que a polícia dará um salto
de qualidade no futuro.
Tributaristas, no entanto, afirmam que a cobrança é ilegal porque uma taxa não pode custear a
segurança pública.
Petrelluzzi discorda e diz que a
taxação será feita sobre o serviço
de telefonia, que não é segurança
pública. Os gastos também estão
atrelados a esse setor.
Mesmo assim, a taxa não escapou das críticas, como a do rabino
Henry Sobel, presidente do Rabinato da Congregação Israelita
Paulista. ""A proposta é excelente,
mas se houvesse certeza de que o
dinheiro seria gasto com a polícia.
Tenho minhas dúvidas."
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