|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Neto confessa que matou avô em Ribeirão
VÂNIA CARVALHO
da Folha Ribeirão
O construtor aposentado Celso
Bombonatti, 85, foi assassinado e
enterrado no jardim de sua casa
no Alto da Boa Vista, área nobre
de Ribeirão Preto (319 km de SP).
O neto de Bombonatti, José Mário Ghirardelli, 34, confessou o
crime em depoimento à Polícia
Civil. Ele morava com o avô há
um ano e disse que o crime "foi
um lamentável acidente".
O corpo foi encontrado pela polícia na manhã de ontem e estava
coberto com esterco e plantas.
Bombonatti tinha mãos e pés
amarrados e estava amordaçado.
Na delegacia, Ghirardelli afirmou que é viciado em drogas e
soropositivo. No quarto do acusado, na casa de Bombonatti, a polícia informou que achou seringas,
papelotes vazios e uma planta de
maconha.
Ele disse que costumava brigar
com o avô. "Ele escondia leite e
dinheiro de mim", disse o acusado à Folha ontem.
Ghirardelli afirmou que matou
o avô "sem querer". Segundo o
acusado, na segunda-feira, ele teria agredido Bombonatti e resolveu amarrá-lo para evitar que fugisse. Quando estava amarrando
pés e mãos do avô, Ghirardelli
percebeu que ele estava morto.
Ainda de acordo com informações da polícia, Ghirardelli confirmou que roupas achadas com
manchas de sangue na casa do
aposentado eram dele.
Furtos
No último domingo, o aposentado registrou um boletim de
ocorrência na delegacia, no qual
informava que o neto vinha pegando utensílios da casa e vendendo para comprar drogas.
No mesmo dia, Bombonatti disse à polícia que seu neto era viciado em cocaína.
Naquele dia, Ghirardelli afirmou à polícia que devia muito dinheiro a traficantes, mas que não
seria o autor dos furtos.
Na segunda-feira, sua prima
Ana Lúcia Maturano, 37, foi à polícia para informar que seu avô
havia desaparecido.
No boletim de ocorrência, Ana
Lúcia afirmou que havia marcado
encontro com seu avô por volta
das 6h30 da manhã, mas não o encontrou em casa.
A denúncia de desaparecimento foi o que levou os policiais até a
casa e, logo após, ao corpo de
Bombonatti no jardim.
No bairro em que Bombonatti
morava há 30 anos, o crime chocou os vizinhos. "Ele era uma pessoa disposta e prestativa com os
vizinhos", disse Paulo SatoratoMaggione, 21, que ajudou a polícia a localizar o corpo da vítima.
Texto Anterior: Crianças são feridas a tiro em padaria Próximo Texto: Paula Thomaz ganha liberdade condicional Índice
|