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VIOLÊNCIA
Atirador, sexto-anista de medicina, não disse à polícia os motivos do crime; ele disparou entre 60 e 80 tiros
Estudante metralha platéia de cinema
no MorumbiShopping, mata 1 e fere 4
da Reportagem Local
O estudante do sexto ano de
medicina Mateus da Costa Meira,
25, metralhou ontem a plateia que
assistia ao "Clube da Luta" no
MorumbiShopping. Uma menina
morreu e pelos menos quatro outras pessoas ficaram feridas.
Meira usava uma submetralhadora 9 milímetros e disparou entre 60 e 80 tiros durante a sessão
das 21h15, na sala cinco do shopping.
Ele foi dominado pelos seguranças do shopping e levado ao
96º Distrito Policial, onde estava
sendo interrogado na madrugada
de hoje.
O atirador confessou o crime,
mas não revelou os motivos.
Segundo Maria José Arrojo, assessora de imprensa do shopping,
ele estava na sala 5 e no meio da
sessão levantou e começou a atirar.
Seguranças do shopping, que
não estavam armados, detiveram
o atirador que se entregou espontaneamente. Segundo espectadores a sala não acendeu a luz e muitos não perceberam que era um
tiroteio porque o filme é movimentado. A primeira vítima fatal
confirmada foi Fabiana Lobão
Freitas, 18, que foi levada para o
hospital Santo Amaro.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio
Petrelluzzi, e o delegado-geral da
polícia, Marco Antônio Desgualdo, estiveram de madrugada na
delegacia.
O "Clube da Luta" narra a história de um empregado de uma seguradora que, por não conseguir
dormir, começa a frequentar grupos de ajuda a doentes terminais,
como portadores de câncer e do
HIV. Ao voltar de uma viagem,
descobre que sua casa explodiu.
Busca a ajuda de um estranho que
conheceu no avião e acaba indo
morar com ele.
Esses dois personagens acabam
fundando o Clube da Luta do título do filme, espécie de sociedade
secreta que se reúne no porão de
um bar para promover sangrentas lutas no estilo vale tudo. Com
o tempo, além das brigas, o grupo
começa a realizar pequenas ações
terroristas, como dar purgante
para pombas de rua e ativar os
alarmes de carros, batendo com
tacos de baseball na lataria dos
mesmos.
As atividades terroristas aumentam e descambam na formação do grupo Caos, que explode
monumentos e planeja a destruição da sociedade capitalista. No
filme, o último ato do Caos é destruir a sede das principais operadoras de cartões de crédito do
país, dinamitando seus edifícios.
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