São Paulo, sexta-feira, 04 de novembro de 2011

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Cetesb multa condomínio por presença de metano

Empresa responsável pelo empreendimento deve pagar R$ 17 mil por dia até que situação seja regularizada

DE SÃO PAULO

A Cetesb multou ontem um condomínio de casas de alto padrão na zona oeste após detectar presença de gás metano. A multa é diária, no valor de R$ 17.450, até que o sistema de drenagem dos gases, que funcionou entre 2007 e 2008, seja reativado. O condomínio terá ainda de fazer uma investigação detalhada da situação, uma avaliação do risco e elaborar um plano para solucionar o problema.
A agência ambiental do Estado de SP diz que, neste momento, não há risco para os moradores, pois não foi detectado gás em áreas confinadas, mas há "risco potencial de explosividade".
Ou seja, como há gás próximo ao solo, se isso entrar nas casas ou em locais fechados, pode haver explosão. O shopping Center Norte, na zona norte de SP, foi multado pela Cetesb recentemente pelo mesmo motivo: gás metano detectado dentro de lojas trazia risco de explosão.
O condomínio Villa Felicitá foi construído, segundo a Cetesb, sobre um antigo lixão no bairro Raposo Tavares, perto do cemitério Israelita. No registro da prefeitura consta que o condomínio tem 54 casas em área de 15 mil m². Desde 2004 a Cetesb monitora a área, a partir de denúncias dos próprios moradores.
Em 2005, os empreendedores apresentaram uma proposta para a instalação de um sistema de drenagem dos gases, o que não foi feito. Em 2007, o local recebeu a primeira multa, de 1.200 Ufesps (unidades fiscais do Estado), o equivalente hoje a R$ 20.940. O sistema foi instalado e funcionou até 2008.
Em 2009, devido à desativação dos drenos, duas novas multas de mesmo valor foram aplicadas. No mês passado, dia 19, a Cetesb voltou ao local e identificou a presença de gases nos poços de monitoramento, o que gerou a multa aplicada a partir de ontem.
A multa foi aplicada à Cimob Companhia Imobiliária, responsável pelo empreendimento. A construtora Gafisa fez as obras das casas. A Gafisa informou que não tem responsabilidade, pois foi contratada para fazer a obra. A Folha não localizou ninguém da Cimob. A reportagem procurou ainda o síndico do condomínio e recebeu a informação de que ele estava em reunião e ligaria de volta, o que não ocorreu. (ES)

Colaborou PATRÍCIA GOMES



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