FERNANDA PEREIRA NEVES
DA FOLHA ONLINE

Três criminosos usaram um cão para atacar dois jovens de 18 anos durante um assalto na madrugada de ontem na região da Vila Madalena (zona oeste de São Paulo). Os assaltantes conseguiram fugir. Um dos jovens ficou com marcas de mordida e das patas do cachorro.
De acordo com as mães das vítimas, os criminosos roubaram celulares, documentos, dinheiro e um par de tênis após abordarem os rapazes quando eles caminhavam pela rua Girassol, por volta da 1h.
Após o anúncio do assalto, os jovens foram agredidos por chutes e socos, além de terem sido mordidos pelo cão.
"Meu filho levou dois socos, um no pescoço e outro no maxilar. Já o colega dele levou chute, soco e foi mordido pelo cachorro. Eles foram inclusive fazer exame de corpo de delito", disse a mãe de uma das vítimas, que não quis se identificar.
De acordo com ela, o cachorro foi usado como uma arma pelos criminosos. As marcas ficaram na coxa, no abdômen e no joelho de um dos garotos, que precisou ser atendido em um hospital particular da região. Os dois rapazes não conseguiram identificar a raça do cachorro, mas a mãe de um deles destacou que não era de grande porte.

Trauma
A mãe do segundo garoto afirmou que seu filho não lembra de alguns detalhes do assalto devido ao trauma.
"O que choca nesse crime, e eu estou avisando todas as minhas amigas por isso, é que agora o cachorro é uma arma. Meu filho tem marcas de patas de cachorro em diferentes partes do corpo e uma mordida na coxa", afirmou ela, que também pediu que seu nome não fosse divulgado.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o caso foi registrado no 14º Distrito Policial (Pinheiros) e está sendo investigado.
Alguns documentos roubados de um dos jovens foram localizados em um telefone público na região da Vila Madalena, mas a mãe dele afirmou que a carteira de identidade e da faculdade que ele cursa não foram recuperados.

Sem estatística
A SSP afirmou que não existe um balanço de quantos crimes desse tipo -com cachorro sendo usado como arma- já foram registrados em São Paulo.
Apesar disso, a mãe de uma das vítimas disse que um investigador do 14º DP afirmou que existem outros registros de casos semelhantes.


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