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Polícia investiga negociação de oficiais na ação
DO "AGORA"
A Polícia Militar informou
ontem que abriu um inquérito
para investigar o comportamento de seus homens na negociação com o assaltante Flávio Silva Oliveira, 21, o Tonhão.
"Não considero que a ocorrência foi um fracasso nem que
o resultado foi positivo", disse
ontem o tenente-coronel Antônio Carlos, comandante interino do policiamento de choque.
"Não dá para considerar positiva uma ocorrência em que
tivemos quatro baleados", afirmou o policial. A polícia deve
investigar por que o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais),
especializado em situações que
envolvem reféns, não foi chamado. Outro fato a ser apurado
é a falta de ambulância no local.
"Eu pretendia tomar pé da situação e, então, chamar o Gate,
se houvesse necessidade. Mas
não houve tempo hábil", justifica o capitão Marcos César
Carnevalle, que chefiou as negociações. "A PM procura preservar a vida, mas nem sempre
é possível saber como o ser humano vai reagir. Se ele [o assaltante] tivesse alguma propensão ao diálogo, teríamos resolvido em cinco minutos."
Para o tenente-coronel Antônio Carlos, "[ainda] não é possível saber se houve precipitação [no cerco da PM e na distância mantida dos reféns]".
"Não acredito, mas não vou dizer se foi certo ou errado, pois
vamos apurar isso em um inquérito policial militar", disse.
Ainda segundo ele, também é
difícil dizer após quanto tempo
o Gate deve ser chamado, mas
o pelotão estava de sobreaviso.
A PM diz que ofereceu ao
acusado carros, colete à prova
de balas e a possibilidade de
trocar um dos reféns por um
policial. Nada disso foi aceito,
segundo a versão dos PMs.
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