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Vigilância defende isenção para genérico
da Sucursal de Brasília
O secretário nacional da Vigilância Sanitária, Gonzalo Vecina Neto, defendeu ontem a isenção do
ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços) para os
laboratórios que produzirem e
venderem remédios apenas com o
nome genérico, ou seja, com o nome da principal substância que
compõe a fórmula.
Na semana passada, o Senado
aprovou projeto que obriga a impressão do nome genérico em rótulos, bulas e materiais promocionais dos remédios. Hoje, a maioria
dos medicamentos é vendido pelo
nome de fantasia (marca).
O projeto precisa ainda passar
por sanção presidencial, o que deve ocorrer no dia 10, e por regulamentação do Ministério da Saúde.
Com a obrigação, a expectativa
do governo é que o preço dos medicamentos caia até 40%, em consequência do aumento da competitividade e da redução nos gastos
com publicidade. Se os remédios
usassem o mesmo nome, os laboratórios não precisariam mais investir pesadamente na divulgação.
A isenção do ICMS, segundo o
secretário, reduziria ainda mais o
preço dos remédios, já que esse imposto representa 18% dos custos.
De acordo com o secretário, a
isenção seria válida apenas para os
que passarem por testes de farmaco-equivalência (que comprovam
a sua eficácia terapêutica).
Isso porque existem os chamados medicamentos similares, que
possuem o mesmo princípio ativo
dos remédios de marca, mas não
passaram pelos testes.
A lei aprovada estabelece que em
até cinco anos os similares serão
obrigados a passar por esses testes.
Segundo Vecina Neto, a isenção
incentivará os laboratórios a fazer
os testes mais rapidamente.
Esse tipo de teste custa entre R$
3.000 e R$ 5.000 (nos casos que são
necessários apenas exames "in vitro") e de R$ 90 mil a R$ 100 mil
(para os que dependem de testes
com seres humanos, voluntários).
Vecina Neto diz que o Brasil é o
sétimo maior produtor de remédios em volume financeiro (US$ 11
bilhões ao ano). Há 471 indústrias,
sendo que entre 20 e 30 empresas
são proprietárias de 70% delas.
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