São Paulo, domingo, 05 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Prefeitura diz que prioridade é ampliar o atendimento básico

DA REPORTAGEM LOCAL

O coordenador de saúde mental da cidade de São Paulo, Kalil Duailib, disse que a intenção da prefeitura não é elevar a quantidade de psiquiatras ou leitos em seus hospitais e prontos-socorros, mas sim ampliar esse tipo de atendimento nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
"Queremos ter uma rede básica muito bem estruturada para que possa dar conta das situações antes que elas fiquem agudas", declarou o coordenador.
Segundo ele, a presença de médicos para atendimento emergencial na rede municipal -135 psiquiatras- "não é insuficiente".
Duailib afirmou que em março será inaugurado em M" Boi Mirim um centro de atenção psicossocial. A idéia é abrir um por mês.
Ele afirmou que, neste ano, serão implantados centros que funcionam de dia e que há um estudo para, em 2007, criar alguns que funcionem também à noite.
Em 2005, disse Duailib, foram realizados 591 mil atendimentos de psiquiatria na cidade.
O coordenador afirmou que há ventilação no pronto-socorro da Freguesia do Ó por meio de vitrôs na sala. Mas ele admite que as instalações não são as ideais.
Sobre a situação de pacientes em macas no chão ou amarrados, ele afirmou que isso é feito em alguns casos para protegê-los de quedas ou evitar dopá-los.
O chefe do departamento de psiquiatria da Unifesp, José Cássio Pitta, afirma que a demanda no Hospital São Paulo é muito maior do que sua capacidade de internação. Por isso, nem todo paciente que precisa de um tratamento mais longo pode ser internado no hospital, disse.


Texto Anterior: Saúde: Hospitais psiquiátricos trancam pacientes
Próximo Texto: Cidade em movimento: Hospitais modificam o perfil da Bela Vista
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.