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Serra diz que novo instituto do câncer irá priorizar pesquisas
Instituto Octavio Frias de Oliveira, que será inaugurado em 5 de maio, também atenderá a pacientes de todo o país
Governador apresentou ontem o instituto, que terá 582 leitos e deverá funcionar com capacidade total até dezembro de 2009
Zanone Fraissat/Futura Press
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Serra cumprimenta funcionário na apresentação do projeto de atuação do instituto
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a missão de atender pacientes oncológicos de todo o
país, o Instituto do Câncer de
São Paulo Octavio Frias de Oliveira (ex-Instituto Doutor Arnaldo) também vai priorizar
pesquisas para a descoberta de
medicamentos e tratamentos
contra o câncer.
O anúncio foi feito ontem pelo governador José Serra
(PSDB), durante apresentação
do projeto de funcionamento
do instituto, que foi batizado
com o nome do publisher da
Folha morto em abril do ano
passado. O novo hospital, na
zona oeste de SP, será inaugurado em 5 de maio.
De acordo com Serra, foi determinação sua que o instituto,
projetado originalmente para
funcionar como um hospital da
mulher, fosse aberto já com a
tarefa de fazer tratamentos e
pesquisas sobre o câncer.
"Passou a ser prioritário, segundo definição minha, que tivéssemos um instituto de câncer que não tinha em São Paulo.
Era um vazio nesse aspecto."
Segundo ele, parte dos equipamentos que já tinham sido
comprados para o funcionamento do instituto como hospital da mulher -e que não serão úteis para a nova atividade- será transferida para o
Hospital das Clínicas.
Com 582 leitos, o instituto
-o maior do mundo na área-
será gerido pela Fundação Faculdade de Medicina da USP
por meio de um contrato de
gestão que estabelecerá metas
de atendimento, exames, cirurgias e pesquisas. A fiscalização
caberá à Secretaria da Saúde.
Para Serra, a pesquisa é muito importante. "Remédio, em
geral, sobe de preço. Mas o que
mais sobe é o de tratamento de
câncer. Vamos pesquisar nessa
área para poder contrabalançar
essa tendência de elevação de
custos que naturalmente dificulta o atendimento por parte
da população", disse Serra, ex-ministro da Saúde.
A implantação do hospital
será por etapas. A idéia é que
esteja funcionando com a sua
capacidade total em dezembro
de 2009. Na primeira etapa, serão abertos os ambulatórios de
oncologia clínica e ginecológica
e o serviço de quimioterapia
ambulatorial. Parte dos 582 leitos também começará a funcionar em maio, como apoio ao
atendimento ambulatorial.
Em dezembro deste ano, os
ambulatórios clínico e cirúrgico serão ampliados, as internações começarão a ser feitas e o
serviço de radiologia, ativado.
Em junho de 2009 os demais
serviços começarão a funcionar
-radioterapia e os ambulatórios restantes. A previsão é que
em dezembro de 2009 todos os
leitos, clínicas, consultórios e
ambulatórios estejam trabalhando em capacidade total.
Serra disse que o instituto irá
atender a pacientes de todo o
país. Citou o exemplo do Hospital de Câncer de Barretos,
que atende exclusivamente o
SUS (Sistema Único de Saúde)
e recebe cerca de 40% de seus
pacientes de outros Estados.
O custo estimado do hospital
é de R$ 190 milhões por ano.
"Será um custo elevado, mas
vamos suportar. Terá também
participação do Ministério da
Saúde, que terá de ampliar a remuneração por alguns atendimentos", disse Serra.
O instituto terá capacidade
para 16 mil cirurgias, 400 mil
consultas e 70 mil quimioterapias por ano. Serão 22 salas cirúrgicas e 124 consultórios.
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