São Paulo, sábado, 05 de março de 2011

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carnaval 2011

CONCERTO NA AVENIDA

No ano de seu centenário, Teatro Municipal abre 1º dia de desfile de São Paulo como tema na Unidos do Peruche, sob garoa e com público menor do que o esperado no Anhembi

Daniel Marenco/Folhapress
Comissão de frente da Unidos do Peruche, que abriu os desfiles no Sambódromo do Anhembi, em SP, com homenagem aos cem anos do Teatro Municipal

DE SÃO PAULO

Sob uma garoa fina, o Teatro Municipal de São Paulo teve ontem o que pode ser a única homenagem garantida no ano de seu centenário.
O aniversariante ilustre foi o tema da Unidos do Peruche, que abriu a primeira noite de desfiles no Sambódromo do Anhembi.
Em crise após a troca do diretor artístico, em obras que se arrastam sem data para o fim e sem programação definida para 2011, o homenageado também teve menos público que o esperado na avenida -apesar de terem sido vendidos mais de 24 mil dos 26 mil ingressos, vazios eram vistos nas arquibancadas.
Apesar dos problemas, como a saída de Alex Klein da direção artística do teatro reclamando de ingerência em sua gestão e o atraso nas obras de restauro, integrantes da equipe do teatro estavam animados no desfile.
Trinta cantores líricos do Municipal, usando roupas originais de suas apresentações, estavam divididos em dois carros alegóricos.
Os cantores do coral lírico do teatro entoavam o samba da escola como numa apresentação de ópera -as sopranos em agudo e os tenores em grave.
"Não vamos conseguir cantar assim o tempo todo, porque desgasta a voz. No teatro, a gente consegue por até três horas, mas a acústica é diferente", disse a soprano Elaine Morais, 37.
A Peruche levou ao sambódromo apenas o lado esplendoroso do Municipal, relembrando sua época áurea, os corais, as óperas, os concertos. Na realidade, a situação é outra, com indefinições sobre obras e programação.
A ideia da Prefeitura de São Paulo era abrir o teatro, hoje em obras, em abril para a Virada Cultural. E ter uma programação extensa até o fim do ano, com auge em setembro, mês do centenário.
Agora, a previsão é abrir em caráter experimental em junho e fazer uma programação "de verdade" a partir de setembro. A montagem da programação está a cargo agora de Abel Rocha, novo diretor artístico.
A prefeitura diz que a reforma da fachada está pronta, faltando apenas alguns retoques. O palco, todo modernizado, deve ficar pronto entre abril e maio. A programação do ano do centenário só deve ser apresentada, se tudo correr bem, em maio.

OUTRAS ESCOLAS
Na madrugada de hoje, desfilariam a Tom Maior, cujo enredo faz homenagem à cidade de São Bernardo do Campo, e a Acadêmicos do Tucuruvi, contando a história dos nordestinos.
A quarta escola programada era a Rosas de Ouro, campeã do Carnaval do ano passado, que preparou um desfile sobre a sorte.
Depois, era a vez da Mancha Verde, retratando os gênios da humanidade, e a Vai-Vai, homenageando o maestro João Carlos Martins.
O primeiro dia de desfiles do Anhembi tinha o encerramento da Pérola Negra, escola da Vila Madalena que preparou a história de Abraão.


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