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OUTRO LADO
Hospital nega erro em morte
da Reportagem Local
O diretor do Hospital Vila Nova
Cachoeirinha, Tomás Lioi, afirma
que o sangramento que causou a
morte de um dos bebês não tem
relação com as hemorragias ocorridas nas outras crianças.
Segundo ele, não foram seis,
mas cinco os bebês que tiveram
sangramento. Em quatro deles, os
sintomas do sangramento eram
semelhantes e ocorriam quatro
horas após o parto.
Mas no quinto bebê, que morreu, a hemorragia teve início 24
horas depois do nascimento.
"Antes disso essa criança teve febre e parada cardíaca", diz Lioi.
Para o diretor, a hipótese mais
provável é que a criança tenha
morrido em decorrência de uma
infecção contraída durante o parto, já que no canal cervical da mãe
(canal por onde o bebê passa) foi
encontrada uma bactéria.
"Por ela ser a primeira a ter nascido, ficou mais exposta à bactéria
em relação a sua irmã gêmea".
O hospital diz ainda que a hipótese da morte do bebê pela falta de
um coagulante está descartada
pelo fato de a irmã gêmea de Maria Aparecida ter tomado a mesma medicação, sem sentir os mesmos sintomas.
A mãe das meninas, Arcângela
Silva, nega essa versão e diz que a
irmã gêmea de Maria Aparecida
também teve hemorragia.
Sobre o sangramento nos outros bebês, que já tiveram alta,
Lioi não descarta a hipótese de falha humana (troca de remédios).
Ele reconhece que os frascos do
Kanakion (coagulante) e do Liquemine (que provoca efeito contrário) eram guardados juntos, na
mesma caixa. "A cor dos vidros é
diferente. Mas vamos trabalhar
com essa hipótese", diz.
Uma sindicância instalada no
hospital para apurar o fato dará
um parecer daqui a dez dias.
Os remédios dados aos bebês
estavam em boas condições de
uso, segundo laudo técnico encomendado pela direção.
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