ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Três dos maiores projetos particulares de preservação da fauna brasileira tiveram o dedo do biólogo romeno Ladislau Alfons Deutsch. Romeno em partes: apesar de ter nascido fora, vivia no Brasil desde os três anos.
No Pará, trabalhou na implantação de uma reserva de fauna regional em Carajás, para a Vale, onde é possível encontrar onças-pretas, tucanos e joões-grandes.
O mesmo foi feito com a Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração, cujas atividades se concentram em MG.
A mais conhecida iniciativa atendeu 8,5 milhões de pessoas em 30 anos e durou até 2001, quando mudou de mãos: o Simba Safári, em SP, que permitia aos visitantes ver animais soltos numa área do governo do Estado.
Ladislau foi ainda diretor do setor de mamíferos da Fundação Parque Zoológico de São Paulo e conselheiro do zoológico da cidade.
Há alguns anos, ele e o sócio Chico Galvão traziam 21 leões da Argentina para o país. Por problemas burocráticos, os animais ficaram retidos na fronteira e, como o impasse não se resolvia, ameaçaram soltar os bichos. Em questão de minutos, o trâmite foi solucionado.
Como velejador, ganhou prêmios. Foi casado com a ex-colaboradora da Folha Therezinha Deutsch, que morreu em 2008, aos 75.
Na quarta, morreu aos 77, de problemas cardíacos. Deixa dois filhos e uma neta.
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