|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Festa de formatura pode virar pesadelo
da Reportagem Local
Festas de formatura podem deixar de ser comemorações para virar causa de problemas. Falta de
atenção dos formandos na hora de
firmar contratos e empresas de organização que não cumprem o que
foi prometido podem comprometer a festa.
Os alunos da turma que se formou neste ano em comunicação
social pela Universidade Metodista, em São Bernardo, Grande São
Paulo, quase não realizaram a festa
que estava prevista havia um ano.
Motivo: na última hora, a empresa que havia sido contratada avisou para a comissão de formatura
que não tinha como fazer a festa.
"Eles não deram muitas informações, disseram que estavam
com problemas financeiros e que
não teriam como devolver o dinheiro", diz Fabiano Nishio, 22, da
comissão de formatura da turma,
que já tinha pago 70% das parcelas.
A festa só aconteceu porque os
alunos se uniram e renegociaram
todos os contratos com os fornecedores que trabalhariam na festa.
"Só acreditamos que a festa estava acontecendo na hora. Na véspera a gente ainda não tinha certeza
de se tudo ia dar certo", diz Nishio.
"Pagamos para não ter trabalho e,
no final, tivemos que trabalhar
tanto que nem aproveitamos a festa direito", afirma.
Segundo Miriam Nassif, técnica
de serviços do Procon, o maior número de registros relativos a formaturas que a fundação recebe diz
respeito a prazos de rescisão de
contratos.
Segundo ela, muitas empresas
estabelecem prazos curtos para
que o contrato possa ser desfeito.
O resultado é que alunos que repetem de ano e não podem se formar
acabam tendo que pagar pela festa.
"Às vezes eles põem no contrato
que ele só pode ser desfeito com
um ano de antecedência e a pessoa
nem sabe porque o contrato é assinado pela comissão de formatura e
os outros alunos nem leram o contrato", diz Miriam.
Outro problema que é motivo de
muitas reclamações é a cobertura
fotográfica da festa. Algumas empresas proíbem que amigos e parentes do formando levem câmeras, para que todas as fotos sejam
feitas pelo fotógrafo que foi contratado pela empresa.
Outra cláusula do contrato que
dá problemas, segundo Miriam, é a
que obriga os alunos a comprarem
todas as fotos que foram feitas.
"Eles obrigam as pessoas a comprarem os álbuns por preços abusivos. Isso pode causar sérios danos ao consumidor", diz.
Segundo ela, algumas empresas
não informam quanto vai custar o
álbum de fotografias no contrato.
"O consumidor que não pode levar
sua própria máquina acaba comprando as fotos mesmo se o preço
for muito alto", diz.
Texto Anterior: Projeto já atende 8.500 famílias Próximo Texto: Contrato deve ser analisado Índice
|