DA REPORTAGEM LOCAL

A Fundação Seade calcula a taxa de homicídios por 100 mil habitantes tomando como base a certidão de óbito. Dessa forma, o número de assassinatos por distrito ou cidade leva em conta o endereço residencial da vítima, e não o local onde ocorreu o crime.
"Nós preferimos trabalhar com a certidão de óbito, em vez de usar os boletins de ocorrência. A certidão é a forma mais precisa de se saber, ao certo, o número de vítimas de homicídios em São Paulo", diz a demógrafa da fundação Bernadette Waldvogel.
Os dados da Seade podem divergir dos da polícia porque uma pessoa pode ter sido assassinada no Jardim Ângela, por exemplo, mas ser atendida em um hospital de Embu, onde mora. Nesse caso, para a fundação, essa morte entra nas estatísticas de Embu.
Uma das vantagens de se fazer o cálculo a partir das certidões de óbito é que, mesmo se a vítima morrer um mês depois, a Seade consegue inclui-las nas estatísticas. O que não é possível se a fonte de informação for o boletim de ocorrência elaborado pelos policiais que acompanham o crime.
Apesar dos dados da Seade não levarem em conta o local onde acontece o crime, as estatísticas mostram que há uma relação entre o local do assassinato e a residência da vítima, já que os municípios mais e menos violentos são tradicionalmente os mesmos, pouco importando a forma como foram calculados os homicídios.
A fundação não leva em conta as mortes por outras causas externas, como acidentes de trânsito.






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