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SOBRE RODAS
Atletas podem voltar ao campus se Federação
Paulista de Ciclismo retirar processo contra a universidade
Ciclistas e USP ensaiam acordo
DA REPORTAGEM LOCAL
Um acordo entre a USP (Universidade de São Paulo) e os ciclistas para que eles voltem a treinar no campus da capital terá
chances de ser feito, desde que a
Federação Paulista de Ciclismo
retire o processo que moveu com
a intenção de obter na Justiça essa
autorização. A informação é do
secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer, Lars Grael.
A entrada de ciclistas não vinculados à universidade foi proibida
no dia 25 de abril deste ano em razão do grande número de reclamações contra os atletas à ouvidoria do campus. As federações
de ciclistas e triatletas alegam, entretanto, não haver outro espaço
adequado na cidade para treinos.
O governo estadual intermediou a negociação para reverter a
proibição e o secretário preparou,
em conjunto com as federações,
um projeto para regulamentar o
treinamento de maneira que não
atrapalhe alunos, docentes e funcionários da instituição. O documento foi entregue há três semanas para a reitoria.
"A câmara técnica [da USP] poderá apreciar o projeto que permite a entrada dos ciclistas na
próxima reunião, que deve acontecer no dia 27 de junho", afirmou
o secretário, que acredita na aprovação do documento.
Segundo Lars Grael, o presidente da Federação Paulista de Ciclismo, Marcos Mazzaron, sinalizou
a possibilidade de retirar o processo, mas iria antes conversar
com os atletas. "Pedi a ele que desse um voto de confiança à USP."
A federação entrou na Justiça
depois que dois ciclistas foram
atropelados e morreram, quando
treinavam na rodovia dos Bandeirantes, em maio. Um deles era
professor da USP e, por isso, poderia continuar pedalando no local mesmo após a proibição. Na
ocasião, a USP repudiou a acusação da Federação Paulista de Ciclismo de que as mortes dos dois
ciclistas estavam associadas à
proibição de treinos no campus.
Lars Grael disse que o autódromo de Interlagos já foi liberado
para os treinos de ciclistas, mas
falta fazer o credenciamento dos
atletas interessados. Ficou decidido que, para evitar problemas como o que ocorreu na USP, os ciclistas precisarão usar capacetes
com identificação. Em Interlagos,
diferentemente do que regulamenta o projeto entregue à USP,
batedores poderão acompanhar
os atletas (a iluminação é deficiente no local e os treinos acontecerão a partir das 4h) e o tamanho
do pelotão de atletas não será limitado. (AFRA BALAZINA)
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