São Paulo, domingo, 05 de junho de 2005

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Médicos querem exames anuais

DA REPORTAGEM LOCAL

No Brasil, 43% dos casos de câncer são diagnosticados entre 50 e 69 anos, faixa etária em que o Inca preconiza a realização da mamografia a cada dois anos. A partir dos 40 anos, a recomendação é de exames clínicos anuais.
As orientações constam de um consenso de câncer da mama, lançado ano passado pelo ministro Humberto Costa (Saúde), que suscitou críticas entre os oncologistas. Eles defendem a mamografia anual a partir dos 40 anos.
"É um consenso em que não houve consenso", resume Diógenes Basegio, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia. Para ele, o ideal é que a mulher fizesse a primeira mamografia aos 35 anos e que o exame se tornasse anual dos 40 em diante.
Para Marco Porto, chefe da divisão de atenção oncológica do Inca, a não-indicação da mamografia às mulheres jovens, como forma de rastreamento clínico, tem razões técnicas. "A capacidade de dignóstico é muito maior nas mulheres acima de 50 anos."
No país, há 1.350 mamógrafos credenciados pelo SUS para atender uma população de 14 milhões de mulheres acima de 50 anos, segundo Basegio. A maioria dos aparelhos está concentrada nos grande centros urbanos, o que dificulta o acesso das mulheres que vivem em regiões mais distantes.
Além disso, Basegio comenta que muitos dos mamógrafos instalados em hospitais públicos ou conveniados funcionam aquém da capacidade. Porto diz que o problema começará a ser corrigido a partir de um programa de ações voltadas para o controle do câncer da mama e do colo uterino que será lançado no próximo mês pelo Ministério da Saúde. (CC)

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