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Médicos querem exames anuais
DA REPORTAGEM LOCAL
No Brasil, 43% dos casos de
câncer são diagnosticados entre
50 e 69 anos, faixa etária em que o
Inca preconiza a realização da
mamografia a cada dois anos. A
partir dos 40 anos, a recomendação é de exames clínicos anuais.
As orientações constam de um
consenso de câncer da mama,
lançado ano passado pelo ministro Humberto Costa (Saúde), que
suscitou críticas entre os oncologistas. Eles defendem a mamografia anual a partir dos 40 anos.
"É um consenso em que não
houve consenso", resume Diógenes Basegio, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia. Para ele, o ideal é que a mulher fizesse a primeira mamografia aos 35
anos e que o exame se tornasse
anual dos 40 em diante.
Para Marco Porto, chefe da divisão de atenção oncológica do Inca, a não-indicação da mamografia às mulheres jovens, como forma de rastreamento clínico, tem
razões técnicas. "A capacidade de
dignóstico é muito maior nas mulheres acima de 50 anos."
No país, há 1.350 mamógrafos
credenciados pelo SUS para atender uma população de 14 milhões
de mulheres acima de 50 anos, segundo Basegio. A maioria dos
aparelhos está concentrada nos
grande centros urbanos, o que dificulta o acesso das mulheres que
vivem em regiões mais distantes.
Além disso, Basegio comenta
que muitos dos mamógrafos instalados em hospitais públicos ou
conveniados funcionam aquém
da capacidade. Porto diz que o
problema começará a ser corrigido a partir de um programa de
ações voltadas para o controle do
câncer da mama e do colo uterino
que será lançado no próximo mês
pelo Ministério da Saúde. (CC)
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