|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fiscalização a motorista sobe 80% após nova norma
Número na capital cresce de 84 pessoas paradas por dia para 151 depois da lei seca
Marzagão diz que alta nas abordagens está ligada à compra de bafômetros; segundo ele, SP passou de 11 para 51 aparelhos
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
ALEXANDRE NOBESCHI
DA REDAÇÃO
O número de abordagens por
dia aos motoristas da capital
paulista aumentou 80% após a
entrada da lei seca, que torna
mais rígida a punição a quem
for flagrado ao volante após
consumir bebidas alcoólicas,
prevendo até mesmo prisão.
Na comparação, foram utilizados dados de janeiro a 18 de
junho -95 dias de operação- e
de oito dias depois da implantação da lei seca.
Cruzamento feito pela reportagem a partir dos dados da Secretaria da Segurança Pública e
da PM mostra que, entre janeiro e 18 de junho, foram 84 abordagens por dia, contra 151 no
período após a nova lei.
No período antes de a norma
entrar em vigor, foram realizadas 7.965 abordagens, com
3.000 pessoas submetidas ao
teste do bafômetro. Dessas, 449
foram flagradas sob efeito de
álcool e autuadas.
As blitze são feitas pela Polícia Militar e ocorrem apenas de
quinta-feira a domingo.
Após a lei seca, em oito dias
de operação na capital paulista
-dois finais de semana-, 1.215
pessoas foram abordadas, 591
submetidas ao teste do bafômetro e 56 delas multadas.
"Aos poucos, desde abril de
2007, a operação foi aumentando o número de pessoas abordadas", disse o secretário da Segurança Pública do Estado, Ronaldo Marzagão, ontem, em entrevista à Folha.
Teste do bafômetro
O total de pessoas submetidas ao teste do bafômetro também registrou elevação. Na
comparação dos dois períodos,
o número passou de 31 pessoas
por dia para 74. Reflexo sentido
também nas multas aplicadas
-cinco contra sete.
Questionado sobre o motivo
do aumento na fiscalização,
Marzagão respondeu que isso
tem a ver com a maior aquisição de bafômetros.
"A esse aumento da operação
veio aumento de bafômetros.
Hoje, temos mais bafômetros
do que antes. Temos 51 bafômetros na capital e 79 com a
Polícia Rodoviária [Estadual].
No começo da operação [em
abril de 2007], eram 11 na capital. Multiplicamos por cinco a
capacidade de testes", disse.
Segundo Marzagão, foram
investidos R$ 800 mil na compra de bafômetro, aparelhos
que medem a quantidade de álcool ingerida pelo motorista.
Texto Anterior: Há 50 Anos Próximo Texto: Margem de erro de bafômetros pode levar a contestações Índice
|