São Paulo, domingo, 05 de julho de 2009

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Motos disputam clientes palmo a palmo em Caruaru

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CARUARU (PE)

Há 13 anos, motociclistas de Caruaru (a 136 km de Recife) travam uma barulhenta e ostensiva competição pela demarcação de territórios de trabalho nas ruas da cidade.
Em busca do melhor ponto para os seus mototáxis, eles formam "pools", na intenção de dominar as esquinas e praças que consideram mais propícias ao sucesso do negócio.
Os grupos reúnem até 50 pessoas. Os "autônomos" buscam os bairros mais afastados. Já os mais organizados montam suas bases em garagens alugadas no centro da cidade, que passam a funcionar como centrais de teleatendimento.
Hoje, o preço médio da corrida é R$ 3. Por esse valor, é possível sair do centro para qualquer lugar da zona urbana. Os mototaxistas fazem, em média, 15 corridas por dia.
Em Caruaru, mototáxi é coisa séria. Duas leis municipais reconhecem e disciplinam o serviço. Mas ninguém sabe ao certo quantas pessoas trabalham no setor. Em 2008, em um curso de capacitação oferecido pelo município, 1.175 mototaxistas foram cadastrados.
Entretanto, nem a prefeitura acredita nesse número. Ela estima que a atividade envolva pelo menos 3.000 pessoas. E não é difícil acreditar nisso. Basta olhar para o trânsito.
Nos meios-fios, motos estacionadas disputam espaço com os carros. O mesmo acontece nas ruas. Segundo a diretora municipal de Trânsito e Transporte, Adriana Penha, o número de motos em Pernambuco equivale a 5% da frota estadual de veículos. Em Caruaru, esse percentual é de 40%. Na cidade de 295 mil habitantes há 30,2 mil motos e 40,7 mil carros.


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