ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Chamassem por César da Rocha Lopes por seu primeiro nome na escolinha de futebol do Grêmio e ninguém por lá saberia quem ele era. Conheciam-no como Rochinha.
Único gremista entre irmãos colorados, ele foi um apaixonado por seu time.
Em 1969, teve a ideia de fundar a escolinha da agremiação e, desde então, comandou o local. Hoje, só em Porto Alegre (RS), o clube trabalha com 1.200 crianças.
Pelas mãos de Rochinha passaram craques como Ronaldinho Gaúcho. No livro que conta a vida do jogador, há uma página sobre César, por ele ter ajudado o atleta.
Rochinha era reverenciado dentro do Grêmio pelo conhecimento que tinha de futebol e por seu olho clínico.
Nascido na capital gaúcha, nunca chegou a jogar futebol profissionalmente, apenas na várzea. Trabalhou como bancário, função na qual se aposentou.
No clube, foi ainda diretor das categorias de base entre 1999 e 2002 e conselheiro.
Era quietão e introvertido, como conta a mulher, Teresinha, com quem permaneceu casado por 52 anos.
Sofria de Parkinson e depressão. Morreu na quinta, aos 70, após uma parada cardíaca. Deixa viúva, dois filhos e cinco netos. O primeiro bisneto está para nascer.

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