São Paulo, sábado, 05 de agosto de 2006

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Por videoconferência, Marcola depõe e nega ligação com a morte de bombeiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Apontados pela polícia e pela Promotoria como líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), os detentos Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Júlio César Guedes de Morales, o Julinho Carambola, foram interrogados ontem à tarde, por meio de videoconferência, no processo sobre a morte do bombeiro José Alberto da Costa.
Ele foi morto na noite de 13 de maio, durante a primeira onda de ataques do grupo criminoso contra as forças de segurança do Estado.
A videoconferência foi comandada pelo juiz-auxiliar do 1º Tribunal do Júri, Richard Francisco Chequini.
Presos no CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes (589 km de SP), Marcola e Carambola são acusados pela Promotoria de ligação direta com as ordens que levaram à ação que resultou no ataque ao batalhão dos Bombeiros, no centro de São Paulo, onde Costa trabalhava.
Os delegados Dimas Pinheiro e José Roberto de Arruda, do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado), disseram ao juiz que uma escuta telefônica flagrou Carambola, dias antes do ataque, dando ordens para que as ondas de ataque ocorressem em São Paulo e que ele e Marcola são os líderes do PCC.
Marcola, mais uma vez, negou ser líder da facção criminosa e disse que sempre foi contra ataques, principalmente contra bombeiros.
A videoconferência foi a saída para evitar a mobilização de um aparato policial e a saída de Marcola e Carambola de Presidente Bernardes.
Também foram interrogados os cinco suspeitos do ataque, que negaram participação no crime. Quando foram presos, a polícia disse que eles tinham confessado. (ANDRÉ CARAMANTE)

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