São Paulo, terça, 5 de agosto de 1997.



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CRIME
Peças raras teriam sido trocadas durante visita a museu do RJ
Justiça decide hoje se liberta acusados de roubar meteorito

RODRIGO VERGARA
da Reportagem Local

A Justiça Federal no Rio de Janeiro deve julgar hoje um pedido de habeas corpus para dois norte-americanos presos em junho na cidade, acusados de furtarem três meteoritos do Museu Nacional.
Os acusados, Ronald Farrell, 42, e Frederick Marcelli, 67, são comerciantes de meteoritos -corpos metálicos ou rochosos que caem na Terra vindos do espaço. Eles têm uma empresa nos EUA que comercializa as peças com museus e colecionadores.
A advogada que os representa, Deborah Srour, disse ontem que seus clientes negam ter furtado os meteoritos, avaliados por geólogos brasileiros em US$ 233 mil.
Os meteoritos, que pesam até 64 g, foram encontrados em 20 de junho pela Polícia Federal em um sapato dentro da bagagem dos acusados, quando partiam no aeroporto do Galeão.
A denúncia foi feita por uma funcionária do museu, que desconfiou da atitude dos norte-americanos e, no museu, percebeu que os meteoritos haviam sido trocados.
Dois dias antes, os dois acusados haviam visitado o museu alegando uma visita de interesse científico e tiveram contato com as peças.
"Os três meteoritos não valem, juntos, nem US$ 14 mil. Isso não valeria os custos da viagem", diz Deborah. A advogada disse que seus clientes não têm uma explicação para o fato de os meteoritos terem aparecido em sua bagagem e afirma acreditar que alguém estaria tentando incriminá-los.
Uma das peças encontradas com os norte-americanos, o meteorito Angra dos Reis, é único de seu tipo em todo o mundo e foi uma doação para D. Pedro 2º.



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