São Paulo, quarta, 5 de agosto de 1998

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Bando rende 25 e rouba R$ 930 mil

Ermel/Folha Imagem
Fachada da transportadora Setta, na zona norte de SP, que foi invadida e roubada anteontem por cercade 20 homens encapuzados e armados


MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local

Um bando formado por 15 a 20 homens encapuzados, portando metralhadoras, invadiu, às 22h40 de anteontem, o armazém da transportadora Setta no Parque Novo Mundo (zona norte de São Paulo), trancou 25 funcionários em um banheiro de 4m2 e levou três caminhões e um furgão carregados de mercadorias diversas.
Além dos caminhões e do furgão, os ladrões entraram no escritório da empresa e furtaram dinheiro, dois mil talões de pedágio e sete talões de tíquetes diversos. O prejuízo foi avaliado em R$ 930 mil pela Setta.
Mas a empresa conseguiu recuperar quase todo o prejuízo. A PM e a Polícia Civil encontraram em três diferentes pontos da cidade os três caminhões e o furgão.
Dois caminhões foram encontrados na rua Diamantina pela PM e estavam com a carga intacta. No terceiro, encontrado na favela Heliópolis (zona sudeste) por policiais do 95º DP, foi recuperada 80% da carga.
O furgão, onde os ladrões colocaram os bens levados do escritório da empresa, foi encontrado vazio por policiais do 19º DP (Vila Maria), na Vila Ede (zona norte).
A quadrilha, que estaria usando pistolas semi-automáticas, submetralhadoras, escopetas e fuzis AR-15, pulou um muro de 2 m de altura, nos fundos da empresa, que dá para a rua Banduíra, para invadir o armazém.
Ameaçando-os de morte, os ladrões renderam os porteiros identificados por David e Frazão. Depois, o bando invadiu o dormitório, dominando mais 23 funcionários, entre pessoal da expedição, ajudantes e motoristas.
Os funcionários foram trancados em um banheiro de 4 m2 onde caberia apenas uma pessoa. Eles ficaram ali, amontoados, por cerca de meia hora, depois que os ladrões roubaram o escritório.
Um assaltante tentou roubar os relógios dos reféns, mas um comparsa dele não deixou.
Antes de serem trancados no banheiro, os funcionários foram obrigados a ficar ajoelhados ou olhando para o chão do armazém, enquanto a quadrilha roubava o escritório da transportadora, levando talões, tíquetes e dinheiro.
O motorista Aloísio Santana, 40, que trabalha há 14 anos na Setta, contou que esta foi a primeira vez que a empresa foi invadida, o que foi confirmado pela polícia.
"Caminhões roubados nas estradas é coisa é normal, mas quadrilha entrar aqui, ameaçar, trancar a gente no banheiro e depois fugir, nunca tinha acontecido."
No banheiro onde foram trancados os ladrões foi pichado o nome Dijan, apelido de um ladrão que, segundo a PM, atua na zona norte, no Parque Novo Mundo.


Colaborou Hélio Santos, do Notícias Populares



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