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São Paulo, sexta-feira, 05 de setembro de 2003

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Laboratórios dizem que estão decepcionados

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção do laboratório farmacêutico Abbott informou estar "profundamente desapontada com a decisão do governo brasileiro" e "preocupada com a potencial implicação dessa medida na segurança do paciente".
"O Abbott não tem informação de pacientes que estejam utilizando cópias de Kaletra para o tratamento de HIV, em qualquer parte do mundo", afirma a nota. Kaletra é o nome comercial do produto, que combina dois princípios ativos -entre eles o lopinavir.
O comunicado diz, porém, que a empresa "continua a dialogar com o governo na esperança de um acordo para o fornecimento do Kaletra original". Diz também que, "além da questão da proteção da propriedade intelectual", a produção do medicamento exige alta tecnologia e dificilmente poderá ser copiado com segurança.
O Abbott informou que, "durante as negociações, ofereceu ao governo uma proposta justa de preço (...) que reflete o panorama econômico brasileiro e as necessidades do programa de Aids".
Para a empresa americana, as licenças compulsórias poderão trazer impacto negativo no desenvolvimento de futuros remédios, mas ela continuará com seu "objetivo" de oferecer um produto eficaz "a preço compatível".
O laboratório Merck Sharp & Dohme também lamentou a decisão do governo. "Do ponto de vista da empresa, nós continuamos negociando com o governo. Para nós foi uma surpresa", diz João Sanches, diretor de comunicações corporativas do laboratório.
A Roche manifestou sua decepção com relação às medidas do Ministério da Saúde, mas disse "que as negociações continuam".


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