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Laboratórios dizem que estão decepcionados
DA REPORTAGEM LOCAL
A direção do laboratório farmacêutico Abbott informou estar
"profundamente desapontada
com a decisão do governo brasileiro" e "preocupada com a potencial implicação dessa medida
na segurança do paciente".
"O Abbott não tem informação
de pacientes que estejam utilizando cópias de Kaletra para o tratamento de HIV, em qualquer parte
do mundo", afirma a nota. Kaletra é o nome comercial do produto, que combina dois princípios
ativos -entre eles o lopinavir.
O comunicado diz, porém, que
a empresa "continua a dialogar
com o governo na esperança de
um acordo para o fornecimento
do Kaletra original". Diz também
que, "além da questão da proteção da propriedade intelectual", a
produção do medicamento exige
alta tecnologia e dificilmente poderá ser copiado com segurança.
O Abbott informou que, "durante as negociações, ofereceu ao
governo uma proposta justa de
preço (...) que reflete o panorama
econômico brasileiro e as necessidades do programa de Aids".
Para a empresa americana, as licenças compulsórias poderão trazer impacto negativo no desenvolvimento de futuros remédios,
mas ela continuará com seu "objetivo" de oferecer um produto
eficaz "a preço compatível".
O laboratório Merck Sharp &
Dohme também lamentou a decisão do governo. "Do ponto de vista da empresa, nós continuamos
negociando com o governo. Para
nós foi uma surpresa", diz João
Sanches, diretor de comunicações
corporativas do laboratório.
A Roche manifestou sua decepção com relação às medidas do
Ministério da Saúde, mas disse
"que as negociações continuam".
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