São Paulo, terça-feira, 05 de setembro de 2006

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Prefeitura diz que se esforça para recuperar "cracolândia"

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, afirmou ontem haver um "esforço cavalar" da prefeitura na recuperação da "cracolândia", na região da Luz (centro de São Paulo). Ele atribuiu à burocracia a lentidão no Nova Luz, projeto iniciado em setembro de 2005.
Na edição de anteontem, a Folha revelou que a "cracolândia" se expandiu, um ano após a prefeitura decretar a área de utilidade pública, para levar adiante o projeto. O consumo de drogas agora ocorre também em ruas como a Helvétia e a Casper Líbero, fora dos limites da antiga "cracolândia". Ao mesmo tempo, a administração enfrenta dificuldades para ter posse dos primeiros imóveis que pretende desapropriar -quer construir no local um centro administrativo.
"No centro, as intervenções sempre são lentas. Temos legislação que precisamos cumprir [sobre prédios tombados]", afirmou Matarazzo, também subprefeito da Sé. "É um rito, não dá para escapar. Mas o esforço é cavalar. Nunca tantas pessoas se empenharam num projeto [da prefeitura]." Ele estima que o processo de desapropriação esteja resolvido até o final do ano.
"Veja a quantidade de reformas que está ocorrendo na região. Está bom? Claro que não. Mas é incomparável em relação ao que estava", continua o secretário, que fala em 50 prédios em reforma para abrigar empresas. Nenhuma delas foi beneficiada, porém, com a isenção de impostos prevista.
O secretário apontou números sobre a ação na "cracolândia": no último ano, diz, a prefeitura fechou 40 hotéis, 24 ferros-velhos, 15 agências rodoviárias, além de armazéns de produtos piratas. Em 2006, a polícia fez 2.200 ações na região, ante 1.260 no ano anterior -40 procurados foram presos, ante 23 em 2005. Ainda de acordo com Matarazzo, o consumo de drogas existe, mas não há traficantes no local.


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