DA SUCURSAL DO RIO

O Ministério Público do Rio denunciou ontem à Justiça 25 pessoas, incluindo o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, pelas mortes de quatro presos ocorridas no presídio Bangu 1 no dia 11 do mês passado. Se condenados, cada um poderá pegar pena de pelo menos 80 anos, segundo a Promotoria.
Dos acusados, 24 são presos. O outro é o agente penitenciário Marcus Vinícius Tavares Gavião, o Playboy, acusado de entregar aos presos armas e as chaves para eles circularem pelo presídio. Ele receberia R$ 400 mil pelo serviço, de acordo com a denúncia.
Playboy e 24 presos foram denunciados pela acusação de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e impossibilidade da defesa pelas vítimas).
No motim, que teria sido liderado por Beira-Mar, morreram os presos Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, Carlos Roberto Cabral da Silva, o Robertinho do Adeus, Wanderley Soares, o Orelha, e Elpídio Rodrigues Sabino, o Robô.
Segundo a PM, a matança decorreu da disputa de poder dentro do presídio entre traficantes das facções criminosas CV (Comando Vermelho), de Beira-Mar, e TC (Terceiro Comando), em que atuavam os quatro mortos.

Beira-Mar
Alunos das escolas municipais Maurício Cardoso e Rio Grande do Sul, no Engenho de Dentro (zona norte), não compareceram à aula ontem por ordem de traficantes do vizinho morro do Céu.
A ordem foi em sinal de luto pela morte do traficante Roberto Luís Fernandes, o Pega Eu, ocorrida anteontem num tiroteio com PMs. Segundo a polícia, ele era ligado ao CV e aliado de Beira-Mar.
Cerca de 30 policiais ocuparam os principais acessos da favela para evitar que traficantes fechassem o comércio local.


Texto Anterior: Interior de SP: Pai e filha passam 22 horas como reféns
Próximo Texto: Panorâmica - Transporte: Funcionários são acusados de lesar a CPTM
Índice