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SP enfrenta explosão de casos de rubéola
286 pessoas foram infectadas no Estado apenas até o dia 28; em 2006, foram 66
Aumento é maior na capital paulista; homens de 20 a
29 anos são o grupo mais atingido, segundo Centro de Vigilância Epidemiológica
DO "AGORA"
Um surto de rubéola atinge o
Estado de São Paulo. Apenas
até o dia 28, o aumento no número de casos é de 333% em relação ao total registrado durante todo o ano passado. Passou
de 66 para 286 pessoas infectadas -crescimento superior
também à soma dos últimos
três anos. Na capital, o aumento foi maior: de 45 casos, em
2006, para 200, até o fim de setembro. A alta é de 344%.
O CVE (Centro de Vigilância
Epidemiológica) emitiu alerta
em que orienta intensificação
das ações de controle da doença, como vacinação, que pode
ser feita em qualquer posto de
saúde. A transmissão da rubéola ocorre pelo ar.
A doença, mais comum na infância, também atinge adultos
e é especialmente perigosa em
grávidas- pode causar malformação do feto. A rubéola é causada por um vírus e tem como
principais características o
aparecimento de urticárias na
pele e de ínguas ou caroços.
Um dos motivos do alerta é o
grande fluxo de pessoas de Estados onde há muitos infectados rumo a São Paulo. O Rio de
Janeiro lidera a lista, com 1.288
casos, seguido pelo Rio Grande
do Sul, com 627. São Paulo está
em terceiro lugar no ranking.
A Secretaria de Estado da
Saúde não informou o que está
fazendo para controlar o surto.
Disse que o representante do
CVE que poderia falar sobre isso passou o dia num congresso.
Segundo o alerta do CVE, a
faixa etária mais atingida pela
rubéola neste ano é composta
por homens de 20 a 29 anos.
Integrante desse grupo, o
professor de português Ivan
Pereira de Souza, 26, achou que
estava com alergia a algum cosmético quando as manchas começaram a aparecer, em julho.
"Pensei que fosse um perfume
ou um sabonete. Antes disso,
senti fortes dores no corpo e
pensei que fosse uma gripe."
Quem suspeitar que está com
rubéola deve notificar o CVE
pelo telefone 08000555466.
Infectados devem ficar isolados para que a doença não seja
disseminada.
(ARTUR RODRIGUES e LÍVIA SAMPAIO)
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