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INTERNET
Polícia de Ribeirão investiga novo golpe da pirâmide
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Polícia Civil de Ribeirão
Preto (314 km de São Paulo)
apura um suposto golpe de
"pirâmide eletrônica" na região, que pode ter lesado ao
menos cem pessoas. As suspeitas são que a empresa
Omni praticaria a pirâmide,
disfarçada de "marketing de
rede", na internet.
Pirâmide é um sistema em
que uma pessoa paga uma taxa para entrar num grupo
com a promessa de receber
mais do que pagou de novos
membros que se associarem
-e assim sucessivamente.
Neste caso, a empresa vende uma plataforma de comércio eletrônico, em que
associados podem vender
seus produtos e serviços na
internet, após pagarem a
adesão, que chega a R$
4.090, segundo relatos de supostas vítimas à polícia.
O inquérito foi aberto na
sexta. "O número de vítimas
passa de cem, mas deve crescer ainda mais", disse o delegado Haroldo Chaud.
O promotor Aroldo Costa
Filho, que também apura o
caso, afirmou que há indícios
de diversas irregularidades.
"Os indicativos da existência
de crime são grandes, se assemelham às antigas pirâmides. É um modo novo de burlar a lei. Conseguimos detectar também crime de estelionato, porque, se a pessoa não
tiver dinheiro para pagar, ela
pode obter um financiamento com empresa ligada à Omni", disse.
A Omni informou, por
meio da assessoria de imprensa, que não pratica o sistema de pirâmide e que o
conceito da empresa é o de
marketing de rede, usado por
multinacionais de varejo e a
forma de negócio "de mais
rápido crescimento nos últimos anos em todo mundo".
Segundo a Omni, a remuneração de seus clientes é
obtida por vendas ou revendas de produtos na internet
-que podem ser do lojista ou
da empresa. "Em nenhuma
hipótese ocorre remuneração sem vinculação com a
venda de produtos ou de lojas."
(MARCELO TOLEDO)
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