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Funcionário do Connasel será o terceiro indiciado
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal vai indiciar
hoje o terceiro envolvido no vazamento da prova do Enem.
Desde sábado, quando prestaram depoimento em São Paulo,
o empresário Luciano Rodrigues e o DJ Gregory Camillo de
Oliveira Craid passaram a ser
investigados por três crimes:
violação de sigilo funcional
(seis meses a 2 anos de prisão),
corrupção passiva (2 a 12 anos)
e estelionato (1 a 5 anos).
O terceiro indiciado deve ser
Felipe Pradella, que atuou como organizador de caixas na
gráfica Plural e foi contratado
pelo consórcio Connasel, responsável pela elaboração e aplicação do Enem. A gráfica, contratada para realizar a impressão, é uma parceria do Grupo
Folha e da Quad Graphics.
Até ontem, Pradella não tinha sido localizado, segundo a
PF. De acordo com as investigações, ele obteve a prova na
gráfica e, com o DJ Gregory,
tentou vendê-la a veículos de
comunicação por preços que
chegaram a R$ 1 milhão.
O contato com jornalistas foi
feito por meio de um amigo do
DJ, o empresário Luciano Rodrigues, dono de uma pizzaria
nos Jardins, em São Paulo.
O advogado de Rodrigues,
Luiz Vicente Bezinelli, contestou ontem a informação da PF
e disse que ele foi indiciado
apenas por violação de sigilo
funcional. Bezinelli afirmou
que entrará hoje com um pedido de habeas corpus na Justiça
para trancar a investigação policial contra o seu cliente.
"A indignação do Luciano é
pelo fato de ele achar que estava contribuindo ao informar [à
imprensa] que o exame havia
vazado. O erro dele foi ter ligado para jornais quando deveria
ter ligado para a polícia", disse.
O DJ Gregory atendeu o telefonema da Folha, mas não quis
falar sobre o caso. Thiago Pradella, irmão de Felipe, disse
que ele vai hoje à PF.
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