|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Estacionamento de Cumbica muda e prepara reajuste
Com deficit de 500 vagas nas horas de pico, local contratou funcionários e terá mais guichês; tarifa é igual desde 2001, diz Infraero
ALENCAR IZIDORO
CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO
Com capacidade abaixo da
necessária, o estacionamento do aeroporto de Cumbica,
na Grande São Paulo, começou a sofrer mudanças.
A administradora foi substituída na terça passada, a
quantidade de funcionários
aumentou e os guichês de
pagamento serão remanejados dentro dos dois terminais
já nas próximas semanas.
O impacto que mais pode
ser sentido pelos usuários é
um provável reajuste dos
preços para estacionar no aeroporto -tarefa complicada
devido à falta de vagas.
Segundo a Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, a tarifa para
deixar o carro em Cumbica é
a mesma desde 2001. O preço
é de R$ 7,50 pela primeira hora, R$ 2,50 pela segunda e
R$ 31,50 pela diária.
Oficialmente, a Infraero se
limita a dizer que a decisão
do reajuste "está em estudo".
Mas a tendência, segundo
relato de funcionários ligados à estatal, é que a elevação dos valores ocorra no final deste ano, por causa do
congelamento dos preços
num período com inflação
superior a 70% e porque o
contrato firmado com a nova
operadora do estacionamento inclui mais despesas.
O estacionamento de
Cumbica recebe 12 mil carros
por dia para suas 3.280 vagas. O deficit nas horas de pico chega a atingir 500 vagas.
A Folha andou por 12 ruas
do estacionamento na tarde
de ontem e, em meia hora,
viu 174 carros estacionados
em vagas proibidas: 17 em cima de canteiros gramados,
cinco em vagas para deficientes, dois sobre a calçada
e 11 bloqueando as vias.
O restante estava parado
em vagas inexistentes ou onde só é permitido parar para
embarque e desembarque.
O empresário Mohamed
Elzwei, 49, que vai ali pelo
menos duas vezes por semana, afirma que fica em média
15 minutos rodando para encontrar uma vaga livre.
Paulo Frascino, presidente
da Maxipark, que assumiu a
administração do estacionamento, diz que, ainda neste
mês, a quantidade de guichês será ampliada de quatro
para seis em cada terminal
-para evitar as filas. O número de funcionários, diz,
saltou de cem para 153.
Também foi criado, no final de julho, um novo bolsão
de estacionamento, com 350
vagas, voltado para funcionários das companhias aéreas. E está prevista a construção de um edifício-garagem -a concorrência para
contratar a construtora deveria ter sido lançada em 2009.
Colaborou PEDRO FONSECA
Texto Anterior: Outro lado: "Aqui não há privilégios", afirma delegado Próximo Texto: Rubem Alves: Injeção letal Índice | Comunicar Erros
|