São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011

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Irmão das 3 pessoas mortas em Jaú será ouvido pela polícia

Hipótese é que mortes foram motivadas por herança; mãe, que viu crime, teve alta ontem

ARARIPE CASTILHO
ENVIADO ESPECIAL A JAÚ

A Polícia Civil deve ouvir hoje o advogado João Batista de Miranda Prado Neto, irmão das três pessoas mortas no começo desta semana em Jaú (a 287 km de São Paulo).
No domingo, segundo a polícia, o aposentado Francisco Miranda de Almeida Prado, 59, atirou nas irmãs Ana Cecília, 60, e Ana Carolina, 66, e se matou com um tiro na frente da mãe, Anna Pacheco de Almeida Prado, 89. O crime ocorreu na casa onde os três moravam com a mãe e ganhou repercussão por envolver um dos sobrenomes mais tradicionais do Estado, a família Almeida Prado.
Para a polícia, o depoimento do irmão é importante porque, apesar de morar na vizinha Lençóis Paulista, ele pode dar informações que podem ajudar a elucidar o caso. Uma das hipóteses é de briga por herança, diz a polícia, que ainda não sabe quais são os bens da família -uma das pioneiras de Jaú, segundo o pesquisador Julio Polli.
A casa dos Almeida Prado, no centro da cidade, é uma das maiores do quarteirão. A Folha tentou ouvir parentes, mas ninguém quis falar.

CHOQUE
A mãe dos mortos ficou em estado de choque e foi internada. Ela só teve alta na manhã de ontem. Única testemunha ocular, segundo a polícia, Anna deve ser ouvida nos próximos dias. "Talvez ela [ainda] nem saiba das mortes", disse à Folha o delegado responsável pelo caso, Euclides Salviato.
Um PM que acompanhou a idosa à Santa Casa da cidade contou que por diversas vezes ela perguntou sobre os filhos. "Estava achando que eles seriam socorridos."
"No momento de nervosismo, ela disse que escondeu a arma com medo que ele [o filho] pudesse fazer mais alguma coisa", contou o policial.


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