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Rebelião em Feira de Santana
termina com dois presos mortos
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Terminou no início da manhã
de ontem com dois mortos e cinco feridos a rebelião feita por 500
dos 550 presos do Conjunto Penal
de Feira de Santana (BA).
Às 10h de ontem, os rebelados
aceitaram a proposta do delegado
especial Valdir Barbosa e resolveram se entregar. Ele prometeu aos
líderes da rebelião que a Justiça da
Bahia vai analisar os processos
dos presos que alegam já ter cumprido suas penas. Segundo Barbosa, as outras reivindicações dos
presos também serão estudadas.
Três funcionários de uma empresa de alimentação que eram
mantidos como reféns pelos detentos foram libertados. O quarto
refém -Natalício Conceição, da
mesma empresa- foi solto na
madrugada de ontem.
Segundo a Polícia de Feira de
Santana (108 km de Salvador), os
presos Marivaldo Alves de Souza
e Alberto Pereira de Carvalho foram mortos a golpes de faca e estilete durante a rebelião.
Os cinco presos feridos foram
encaminhados para uma clínica
de Feira de Santana e não correriam risco de vida.
A rebelião no Conjunto Penal
de Feira de Santana começou anteontem, antes do almoço, quando cerca de 15 detentos tomaram
como reféns quatro funcionários
de uma empresa que comercializa
refeições para o presídio.
Os presos reivindicavam o afastamento de cinco funcionários
que teriam participado de sessões
de espancamento e queriam a
contratação de assistentes sociais.
Também encaminharam à Vara
de Execuções Penais de Feira de
Santana um documento solicitando a análise dos processos de 80
detentos, que já teriam cumprido
integralmente suas penas.
Durante a rebelião, os detentos
ocuparam os nove pavilhões do
presídio e incendiaram a cozinha
e a enfermaria.
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