São Paulo, Sexta-feira, 05 de Novembro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Rebelião em Feira de Santana termina com dois presos mortos

LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

Terminou no início da manhã de ontem com dois mortos e cinco feridos a rebelião feita por 500 dos 550 presos do Conjunto Penal de Feira de Santana (BA).
Às 10h de ontem, os rebelados aceitaram a proposta do delegado especial Valdir Barbosa e resolveram se entregar. Ele prometeu aos líderes da rebelião que a Justiça da Bahia vai analisar os processos dos presos que alegam já ter cumprido suas penas. Segundo Barbosa, as outras reivindicações dos presos também serão estudadas.
Três funcionários de uma empresa de alimentação que eram mantidos como reféns pelos detentos foram libertados. O quarto refém -Natalício Conceição, da mesma empresa- foi solto na madrugada de ontem.
Segundo a Polícia de Feira de Santana (108 km de Salvador), os presos Marivaldo Alves de Souza e Alberto Pereira de Carvalho foram mortos a golpes de faca e estilete durante a rebelião.
Os cinco presos feridos foram encaminhados para uma clínica de Feira de Santana e não correriam risco de vida.
A rebelião no Conjunto Penal de Feira de Santana começou anteontem, antes do almoço, quando cerca de 15 detentos tomaram como reféns quatro funcionários de uma empresa que comercializa refeições para o presídio.
Os presos reivindicavam o afastamento de cinco funcionários que teriam participado de sessões de espancamento e queriam a contratação de assistentes sociais.
Também encaminharam à Vara de Execuções Penais de Feira de Santana um documento solicitando a análise dos processos de 80 detentos, que já teriam cumprido integralmente suas penas.
Durante a rebelião, os detentos ocuparam os nove pavilhões do presídio e incendiaram a cozinha e a enfermaria.




Texto Anterior: Violência: Dez ficam feridos em tiroteio no Rio
Próximo Texto: Avô foi morto entre segunda e terça-feira
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.