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Morto suspeito de matar advogada do PCC
ANDRÉ CARAMANTE
DO "AGORA"
Lauro Gomes Gabriel, 40, o Ceará, suspeito de ter matado no mês
passado uma advogada do PCC e
mulher de um dos líderes da facção criminosa, foi assassinado
com oito tiros ontem no Brás
(centro de São Paulo).
Ceará é irmão de Aurinete Carlos Félix da Silva, conhecida como
Netinha e mulher de César Augusto Roris da Silva, o Cesinha,
que, ao lado de José Márcio Felício, o Geleião, e Marcos Herbas
Camacho, o Marcola, formam a
liderança máxima do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A polícia investigava a hipótese
de Gabriel ter matado, no mês
passado, a mando de Netinha, a
advogada Ana Maria Olivatto
Herbas Camacho, mulher de
Marcola, que está preso na Penitenciária de Araraquara.
Presos do PCC afirmaram ontem, por telefone, que Cesinha e
Geleião, presos no presídio de segurança máxima de Presidente
Bernardes, estão jurados de morte e tiveram de pedir seguro de vida. "O Partido [forma como os
presos se referem à facção criminosa] agora tem um novo líder e a
Netinha está sendo caçada porque estava se misturando com
quem não devia", disse o detento.
Mais mortes
Duas mulheres teriam sido
mortas por integrantes do PCC na
semana passada, em uma tentativa de chegar a Aurinete, que está
desaparecida.
Polícia e Ministério Público investigam a relação entre a morte a
tiros de Erenita Galvão Guedes e
Andrea Gomes Kalid e o racha na
cúpula do PCC entre uma ala radical, favorável a atentados, e uma
mais moderada.
Escutas telefônicas teriam flagrado Petronilha Felício, mulher
de Geleião, planejando a morte de
Aurinete -que estaria trabalhando para evitar os atentados.
A hipótese é que Erenita e Andrea, ligadas a Aurinete, foram
mortas na tentativa do grupo rival
de localizar Aurinete.
Colaborou a Reportagem Local
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