São Paulo, domingo, 05 de novembro de 2006

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Governo prevê dia com "atrasos normais"

Já o sindicato das companhias aéreas acredita que o caos de quinta feira se repetirá nos aeroportos, apesar das medidas adotadas

Só em Congonhas espera-se cerca de 47.900 passageiros -10.000 a mais do que a Infraero estima ter utilizado o aeroporto na quinta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCA
DA SUCURSAL DO RIO

É hoje -último dia do feriado prolongado de Finados- o teste: funcionará a estratégia do governo de reforçar as equipes de controladores de vôo de Brasília, para regularizar o tráfego aéreo? Ou acontecerão de novo os atrasos de até 20 horas nos principais aeroportos do país?
O ministro Waldir Pires (Defesa) garantiu ontem: "estaremos dentro dos limites da normalidade num fim de feriadão", advertindo que esses "limites de normalidade" são diferentes dos estabelecidos para os dias comuns. Como a frase foi lançada no meio do feriado, não teve o ônus da prova, que se apresenta hoje, quando as pessoas querem voltar para casa.
Só em Congonhas, por exemplo, espera-se cerca de 47.900 passageiros -10.000 a mais do que o número de passageiros que a Infraero previu antes do feriado para a última quinta.
Bem menos otimista que Pires, o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, José Anchieta, entidade que representa 18 companhias, acredita que o caos voltará hoje aos aeroportos.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, pequenos atrasos poderão ocorrer devido ao aumento de vôos do feriado prolongado, fato considerado normal para essas ocasiões.
Os controladores aéreos prometem manter a operação-padrão instituída após o acidente com o avião da Gol (154 mortos) e o afastamento de ao menos 18 profissionais do setor (8 que atuavam no dia da tragédia e 10 por licença médica).
Eles passaram a cumprir com rigor a recomendação internacional de segurança que prevê que cada um deles vigie no máximo 14 aviões simultaneamente -antes, eram até 20- o que exige intervalos maiores entre os vôos.
O governo, porém, acredita que a situação será bem melhor que a de quinta, quando 600 vôos tiveram atrasos de mais de quatro horas, cada um deles ocupado, em média, por 150 pessoas -total de 90 mil prejudicados. O motivo seriam as medidas adotadas: redução das folgas dos controladores, desvio de rotas e proibição da decolagem de jatos e aviões particulares nos horários de pico.
Ontem, houve alguns atrasos em Cumbica e Congonhas (pela manhã, nove de até três horas no primeiro e quatro de até duas horas no segundo).


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