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Governo prevê dia com "atrasos normais"
Já o sindicato das companhias aéreas acredita que o caos de quinta feira se repetirá nos aeroportos, apesar das medidas adotadas
Só em Congonhas espera-se cerca de 47.900 passageiros -10.000 a mais do que a Infraero estima ter utilizado o aeroporto na quinta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCA
DA SUCURSAL DO RIO
É hoje -último dia do feriado
prolongado de Finados- o teste: funcionará a estratégia do
governo de reforçar as equipes
de controladores de vôo de Brasília, para regularizar o tráfego
aéreo? Ou acontecerão de novo
os atrasos de até 20 horas nos
principais aeroportos do país?
O ministro Waldir Pires (Defesa) garantiu ontem: "estaremos dentro dos limites da normalidade num fim de feriadão",
advertindo que esses "limites
de normalidade" são diferentes
dos estabelecidos para os dias
comuns. Como a frase foi lançada no meio do feriado, não teve o ônus da prova, que se apresenta hoje, quando as pessoas
querem voltar para casa.
Só em Congonhas, por exemplo, espera-se cerca de 47.900
passageiros -10.000 a mais do
que o número de passageiros
que a Infraero previu antes do
feriado para a última quinta.
Bem menos otimista que Pires, o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas
Aeroviárias, José Anchieta, entidade que representa 18 companhias, acredita que o caos
voltará hoje aos aeroportos.
Segundo a Agência Nacional
de Aviação Civil, pequenos
atrasos poderão ocorrer devido
ao aumento de vôos do feriado
prolongado, fato considerado
normal para essas ocasiões.
Os controladores aéreos prometem manter a operação-padrão instituída após o acidente
com o avião da Gol (154 mortos) e o afastamento de ao menos 18 profissionais do setor (8
que atuavam no dia da tragédia
e 10 por licença médica).
Eles passaram a cumprir
com rigor a recomendação internacional de segurança que
prevê que cada um deles vigie
no máximo 14 aviões simultaneamente -antes, eram até
20- o que exige intervalos
maiores entre os vôos.
O governo, porém, acredita
que a situação será bem melhor
que a de quinta, quando 600
vôos tiveram atrasos de mais de
quatro horas, cada um deles
ocupado, em média, por 150
pessoas -total de 90 mil prejudicados. O motivo seriam as
medidas adotadas: redução das
folgas dos controladores, desvio de rotas e proibição da decolagem de jatos e aviões particulares nos horários de pico.
Ontem, houve alguns atrasos
em Cumbica e Congonhas (pela
manhã, nove de até três horas
no primeiro e quatro de até
duas horas no segundo).
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