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outro lado
SP fará 8 prisões femininas, diz secretaria
Segundo secretário-adjunto, número de mulheres em prisões do Estado passou de 25% em janeiro de 2007 para 39% hoje
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário-adjunto da Secretaria da Segurança Pública
da gestão José Serra (PSDB) e
responsável pelas carceragens
mantidas pela pasta, Guilherme Bueno de Camargo, disse
ontem que cadeias públicas
masculinas estão sendo transformadas em femininas para
desafogar a superpopulação de
presas em outras unidades.
"Não há como contestar que
há, de fato, superlotação em algumas unidades [carcerárias].
Mas a secretaria tem feito um
esforço para contornar os problemas. Transformamos carceragens masculinas em femininas. Fizemos ajustes e reformas. [As cadeias de] Monte
Mor e Santa Bárbara d'Oeste
passaram a ser femininas.Faremos mais uma dessas na Grande São Paulo", disse Camargo.
Além disso, conta o secretário-adjunto, o governo de São
Paulo tem um projeto para a
construção de oito unidades
prisionais femininas para desafogar a superpopulação de presas em cadeias públicas. Segundo ele, esses presídios femininos ficarão sob a responsabilidade da Secretaria da Administração Penitenciária.
Aumento de presas
"Cada unidade prisional terá
768 vagas. Dois projetos já estão em licitação. Seis já estão
com decreto de utilidade pública para a desapropriação do
terreno", informou.
Segundo ele, hoje a Segurança Pública é responsável por
10.075 presos. Desse total,
3.931 são mulheres. "A população carcerária feminina tem
aumentado substancialmente.
Em janeiro de 2007, as mulheres presas no sistema representavam 25% do total", disse.
Hoje, o total de mulheres
presas em cadeias públicas ou
delegacias, segundo os dados
apresentados ontem por Camargo, é de 39%. Para ele, o aumento se deve ao fato de que
atualmente muitas mulheres
estão se envolvendo com o tráfico de drogas.
Lista
De acordo com Camargo, "a
Secretária da Segurança Pública mantém hoje 68 unidades
prisionais destinadas às mulheres, sendo 58 delas com superlotação e dez operando abaixo
de sua capacidade".
A Folha ontem solicitou ao
secretário-adjunto a lista completa com as 68 unidades prisionais para mulheres, o número de vagas e o número de presas em cada uma delas. Camargo não atendeu ao pedido.
"A divulgação dos dados de
cada unidade tem problema. Já
houve tentativas de fuga e resgates. Acaba estimulando", diz.
De acordo com Camargo, a
carceragem de Guararema,
na Grande São Paulo -onde os
dados obtidos pela reportagem
apontam a presença de homens e mulheres-, não existe
mais, uma vez que a cadeia pública local não abriga presos
atualmente.
(KT e AC)
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