|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
JUSTIÇA
Entidade de juízes apoia sentença "simples" enviada por torpedo
DA AGÊNCIA FOLHA
O presidente da AMB (Associação dos Magistrados
Brasileiros), Mozart Valadares Pires, disse ontem que a
decisão de um juiz de enviar
uma sentença por torpedo de
celular para libertar um preso no Acre só foi possível
porque o caso era simples.
"Inédita", segundo Valadares, a ordem foi tomada na
sexta-feira, quando o juiz
Edinaldo Muniz, de Plácido
de Castro (100 km de Rio
Branco), foi avisado de que o
detento, preso havia três
dias, tinha quitado o débito
relativo a uma pensão alimentícia e, portanto, deveria
ser solto. Fora da cidade, o
juiz enviou a sentença por
mensagem de celular ao cartório para agilizar a soltura.
Valadares elogiou a iniciativa, mas ponderou. "Já imaginou se alguém conseguir
passar mensagem sem ser o
juiz e soltar um criminoso?"
Para o presidente da AMB,
o juiz só tomou a providência
por se tratar de um sem margem para contestação. Também disse que ela só é válida
porque o cartório tinha certeza de se tratar do juiz.
O escrivão Antonio Valentin da Silva, 36, que certificou
a sentença, disse que trabalha há 13 anos no cartório e
que conhece o magistrado só
pela voz. "Se não o conhecesse jamais faria isso", afirmou.
Texto Anterior: Turista francês é esfaqueado durante assalto em Itaparica Próximo Texto: Alagoas: Ladrões levam armas e munição de sede da polícia Índice
|