São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2010

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"Discriminação foi do bailinho ao emprego"

DE SÃO PAULO

Na infância, ele era sempre o último a ser chamado nas "peladas" com os amigos. Na adolescência, era deixado de lado nos bailinhos e só conseguia dançar música lenta se alguma amiga o convidava.
Na juventude, teve dificuldades para conseguir namorada e também sofreu discriminação no ambiente de trabalho.
Hoje, aos 49 anos, o representante comercial Tárcio Tapias, 130 kg distribuídos em 1,80 m, diz que aprendeu a lidar com o fato de ser gordo e com o preconceito que ainda enfrenta no dia a dia.
"Sempre fui gordo. Sei que nunca serei magro. Já sofri muito por isso, mas hoje não mais. Sou feliz assim. Faço caminhadas e tento não pegar pesado na comida", afirma ele, casado "com uma magra" e pai de dois filhos.
Ele lembra de quando trabalhava em um banco e deixou de ser promovido para o cargo de auxiliar de gerente, mesmo tendo mais conhecimento e habilidades do que o colega que conseguiu a vaga.
"Meu chefe disse que precisava de uma pessoa com aparência melhor."
Tapias já chegou a pesar 145 kg e, após o uso de banda gástrica (dispositivo colocado na parte superior do estômago e que reduz até um décimo sua capacidade), conseguiu sua melhor marca: 100 kg.


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