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"Discriminação foi do bailinho ao emprego"
DE SÃO PAULO
Na infância, ele era sempre o último a ser chamado
nas "peladas" com os amigos. Na adolescência, era
deixado de lado nos bailinhos e só conseguia dançar música lenta se alguma amiga o convidava.
Na juventude, teve dificuldades para conseguir
namorada e também sofreu discriminação no ambiente de trabalho.
Hoje, aos 49 anos, o representante comercial
Tárcio Tapias, 130 kg distribuídos em 1,80 m, diz
que aprendeu a lidar com
o fato de ser gordo e com o
preconceito que ainda enfrenta no dia a dia.
"Sempre fui gordo. Sei
que nunca serei magro. Já
sofri muito por isso, mas
hoje não mais. Sou feliz assim. Faço caminhadas e
tento não pegar pesado na
comida", afirma ele, casado "com uma magra" e pai
de dois filhos.
Ele lembra de quando
trabalhava em um banco e
deixou de ser promovido
para o cargo de auxiliar de
gerente, mesmo tendo
mais conhecimento e habilidades do que o colega
que conseguiu a vaga.
"Meu chefe disse que
precisava de uma pessoa
com aparência melhor."
Tapias já chegou a pesar
145 kg e, após o uso de
banda gástrica (dispositivo colocado na parte superior do estômago e que reduz até um décimo sua capacidade), conseguiu sua
melhor marca: 100 kg.
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