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Operação na zona oeste é alvo de críticas
em audiência pública
Moradores e ONGs pedem à prefeitura mais discussão sobre intervenção na Água Branca
DE SÃO PAULO
Críticas marcaram ontem
uma audiência pública na
Barra Funda (zona oeste de
SP) para discutir a Operação
Urbana Água Branca, série
de intervenções que visa mudar o perfil da região, principalmente elevando a concentração de habitantes.
A premissa básica é estimular a expansão imobiliária, permitindo construções
acima do limite legal e cobrando uma taxa que financiaria obras prioritárias.
Os participantes pediram
mais encontros para debater
o plano da prefeitura e criticaram a exposição do projeto, que durou 30 minutos.
Cerca de mil pessoas lotaram a Uninove, onde se realizou a audiência. Além de moradores, havia entidades ligadas ao urbanismo, ao ambiente e à habitação popular.
Entre os pontos criticados
estavam o adensamento -o
total de habitantes pulará de
25 mil para 85 mil em 15
anos- e o aumento da frota,
de 8.100 veículos para 27 mil.
Também foram criticados
a falta de projetos para novos
equipamentos sociais (escolas, postos de saúde), um suposto aumento da violência e
as medidas antienchentes.
Havia moradores de Perdizes, Barra Funda e Lapa, mas
a maioria era de áreas pobres, como Cachoeirinha e
Brasilândia, e atacou a oferta
de habitação social.
O secretário do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, não
respondeu, mas anotava as
críticas. A prefeitura não disse se fará nova audiência.
(JOSÉ BENEDITO DA SILVA)
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